Page 28 - Revista Portuguesa - SPORL - Vol 48 Nº4
P. 28
GRÁFICO 3 TABELA 2
Número de admissões hospitalares por mês com o diagnóstico de Alterações relevantes no exame físico na admissão hospitalar
mononucleose infecciosa
Exame físico %
Febre 86
Adenopatias 78
Amigdalite 62
Hepatoesplenomegalia 53
Rash 17
Palidez 9
Icterícia 9
Dificuldade respiratória 8
TABELA 3
Quanto à sintomatologia presente no momento Diagnóstico de mononucleose infecciosa
da admissão, constatou-se que a tríade típica da Diagnóstico %
mononucleose era prevalente, com a febre (92%), Monospot 36
adenopatias (74%) e odinofagia (57%) como os sintomas Agente não isolado 31
mais frequentes (tabela 1). Ao exame físico, as alterações IgM EBV 26
mais frequentemente encontradas foram a febre (86%), PCR EBV 8
adenopatias (78%), presença de exsudado amigdalino
(62%) e hepatoesplenomegalia (53%) (tabela 2). CMV 5
HIV 1
TABELA 1
Sintomas presentes na admissão hospitalar
Sintomas % GRÁFICO 4
Alterações analíticas relevantes
Febre 92
Adenopatias 74
Odinofagia 57
Disfagia 43
Astenia 32
Náuseas 19
Rash 19
Cefaleias 14
Dificuldade respiratória 11
Mialgias 9
Dor abdominal 9
Artralgias 7
Tosse 5
Quanto ao motivo que levou à admissão hospitalar,
o mais frequente foi a odinofagia severa (35%) e
O diagnóstico de mononucleose infecciosa foi obtido na hepatoesplenomegalia (35%) (tabela 4). Nove por
maior parte das vezes (36%), através de Monospot teste cento dos doentes foram internados por dificuldade
(tabela 3). De referir que numa percentagem significativa respiratória e 8% por trombocitopenia. Houve um caso
de doentes o diagnóstico foi clínico (31%). Analiticamente, de meningoencefalite. O tratamento realizado durante o
registou-se na maioria dos doentes linfocitose (82%) internamento foi essencialmente sintomático, com 9% dos
com a presença de linfócitos reactivos, sendo também a doentes tratados com corticoterapia (tabela 5). Apenas
presença de citólise hepática frequentemente encontrada um doente teve necessidade de internamento em unidade
(51%) (gráfico 4). O exame complementar mais pedido foi de cuidados intensivos não tendo sido registada nenhuma
a ecografia abdominal (57%) para avaliação de possível fatalidade associada.
atingimento hepático/esplénico (gráfico 5).
198 REVISTA PORTUGUESA DE OTORRINOLARINGOLOGIA E CIRURGIA CÉRVICO-FACIAL

