Page 15 - Revista Portuguesa - SPORL - Vol 49. Nº3
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etanolismo  ou  toxicofilia;  e  34  doentes  (11,4%)  com   FIGURA 3
          antecedentes  otorrinolaringológicos,  nomeadamente   Quadro clínico dos doentes à entrada do serviço de urgência
                                                            de ORL do Hospital de São José (FR).
          infecções periamigdalinas de repetição (figuras 1 e 2).

          FIGURA 1
          Distribuição dos antecedentes pessoais (Frequência Relativa
          – FR). AP – antecedentes pessoais; co-morbilid – co-morbilida-
          des; Imunodefic – imunodeficiência; irrelevant – irrelevantes.


                                                                                                                   ARTIGO ORIGINAL ORIGINAL ARTICLE












                                                            FIGURA 4
                                                            Incidência das infecções cervicais profundas ao longo dos anos
                                                            (FA).






          FIGURA 2
          Distribuição dos antecedentes pessoais relevantes (Frequência
          Absoluta – FA).









                                                            FIGURA 5
                                                            Distribuição das infecções cervicais profundas (FR; %). A – ab-
                                                            cesso; F – fleimão;H – hematoma; E – edema; faring – farín-
                                                            geo; amigd – amigdalino; laring – laríngeo









          Em  termos  de  apresentação  clínica,  a  maioria  dos
          doentes surgiu no serviço de urgência com queixas de
          odinofagia, trismus e/ou tumefacção visível (figura 3).
          Registou-se febre à entrada em 260 doentes (87,5%).
          Ao  longo  do  período  de  estudo,  verificou-se  uma
          incidência  média  de  49,5  casos  por  ano,  com  uma
          tendência  crescente  nos  últimos  anos  (figura  4).  A
          maioria dos casos (75,8%) correspondia a patologia peri-
          amigdalina, sendo a patologia para-faríngea (18,5%) a   Foram  efectuados  295  exames  complementares  de
          segunda mais frequente (figura 5). As infecções latero   diagnóstico (ECD), sendo as análises (em 171 doentes)
          e  retro-faríngeas  foram  as  menos  frequentes  (3,7%  e   e as tomografias computadorizadas (TC) cervicais (em
          1,7% respectivamente).
                                                            89 doentes) os exames mais frequentes (figura 6). Em


                                                                                      VOL 49 . Nº3 . SETEMBRO 2011     141
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