Page 14 - Revista Portuguesa - SPORL - Vol 48. Nº3
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Quadro IV – Análise da variabilidade média entre o índice de congestão nasal e as sintomatologias ocorridas na última semana

                                                  Média (IC95%) do ICN
          Questão                      Nunca     Raramente    Algumas   A maior parte   Sempre      P
                                                               vezes      do tempo
                                         1           2           3           4          5

          Q8 - Costuma ter dificuldades de   4.8    7.3         10.2        12.1       14.9      <0.0001
          concentração nas suas activi-  (4.6 a 5.1)  (7.0 a 7.5)  (9.8 a 10.5)  (11 a 13.3)  (12.2 a 17.6)
          dades por causa dos sintomas
          nasais descritos
          Q9 - Costuma acordar de manhã   5.0       6.7         9.4         11.1       12.1      <0.0001
          com o nariz tapado, obstruído ou   (4.7 a 5.2)  (6.5 a 7.0)  (9.0 a 9.7)  (10.6 a 11.6)  (11.3 a 12.9)
          congestionado
          Q10 - Costuma acordar de manhã   4.9      6.4         8.4         10.1       11.0      <0.0001
          com a boca seca ou com sede  (4.6 a 5.3)  (6.0 a 6.6)  (8.0 a 8.7)  (9.6 a 10.7)  (10.3 a 11.8)
          Q11 - Quando tem o nariz entupi-  4.8     6.3         8.2         9.8        10.5      <0.0001
          do, obstruído ou congestionado,   (4.4 a 5.1)  (6.0 a 6.6)  (7.8 a 8.5)  (9.3 a 10.3)  (9.7 a 11.2)
          sente que afecta o seu sono
          Q12 - Baseado na informação de   5.9      6.8         7.6         8.9        9.8       <0.0001
          terceiros costuma ressonar  (5.5 a 6.3)  (6.4 a 7.1)  (7.2 a 8.0)  (8.2 a 9.5)  (8.9 a 10.6)


          Quadro V – Variabilidade média entre o índice de congestão   cerca de 33% da amostra referiam ter crises de espirros e
          nasal e sintomas associados                       comichão no nariz; aproximadamente 22,8% queixaram-
                                                            se de ter o nariz entupido por mais de uma hora seguida, e
                        Média (IC95%) do ICN                22% apresentam habitualmente pingo no nariz.
          Questão           Sim       Não         P         Dos diversos estudos referidos, apesar da rinite alérgica ser
                                                            um problema de saúde com peso considerável, afectando
          Q13 – Costuma     9.6        6.3       <0.0001
          ter crises de   (9.2 a 9.97)  (6 a 6.5)           cerca de 23% da população europeia, o subdiagnóstico e
          espirros                                          subtratamento são significativos 5,11,27,28 . A desvalorização
          Q14 - Índice de   9.5        6.9       <0.0001    dos  sintomas  e  o  custo  da  medicação  parecem  ser  os
                                                                                                 28
          congestão nasal   (8.8 a 10.1)  (6.7 a 7.1)       principais motivos da não adesão à terapêutica .
          e asma                                            Um estudo mais recente, Congestão nasal em Portugal ,
                                                                                                         4
          Q15 - Costuma     8.8        5.7       <0.0001    revelou que cerca de 17,9% da população tem problemas
          ter coceira nasal  (8.6 a 9.1)  (5.4 a 5.9)       significativos  de  congestão  nasal  e  que,  dos  1037
                                                            inquiridos, cerca de 9,5% afirmaram ter dificuldades em
          Quadro VI - Distribuição do índice de congestão nasal por   trabalhar, aprender na escola ou fazer as suas actividades,
          classes sintomatológicas
                                                            por causa dos sintomas nasais.
                                                            O  presente  estudo  visou  quantificar  a  prevalência  da
               Grupos          Nº          % (IC a 95%)     congestão nasal numa população laboral, de dois centros
          A (0 a 5)            178        20.4 (18.8 a 23.2)  hospitalares  de  Coimbra,  através  da  avaliação  de  várias
          B (5 a 10)           511        58.5 (55.2 a 61.7)  questões.  Relativamente  às  perguntas  que  incidiam
          C (10 a 15)          166        19.0 (16.5 a 21.7)  directamente  sobre  a  congestão  nasal,  verificou-se
          D (15 a 20)           19           2.2 (1.4 a 3.4)  uma prevalência de 15,7% (Q1) 10,2% (Q4) e 9,9% (Q6)
                                                            de  respostas  positivas.  O  índice  de  congestão  nasal
                                                            encontrado neste estudo foi de 21.2%. Esta prevalência é
                                                            ligeiramente superior à encontrada no estudo “Congestão
                                                            Nasal  em  Portugal”  que  foi  de  17,9%,  mas  próximo  do
                                                            reportado  anteriormente  para  a  população  portuguesa
                                                            22,8%.
                                                            Dado  que  o  inquérito  deste  estudo  foi  aplicado  no
                                                            período em que a sensibilização a alergénios de pólen é
                                                            diversificada, este factor talvez tenha contribuído para o



     128 REVISTA PORTUGUESA DE OTORRINOLARINGOLOGIA E CIRURGIA CÉRVICO-FACIAL
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