Page 56 - Revista Portuguesa - SPORL - Vol 43. Nº4
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RINOSSlNUSIIE FÚNGICA AlÉRGICA · PERSPKIIVAS ACTUAIS























              FIGURA 2 • ASPfCTO MAC~OSCÓPtCO OA MUQNA ALÊJU)tCA:
                 AI  MUCO NASAL COM CONSISTiNCIA. VISCOSA;                ,
                 6  E Ç) ASPiCTO JNTRA•OPfltATÓtUO:  MUCINA ESP~SSA, DE CON$1STfN(JA E.t.A.SnCA ..




                                                                                                      1
                 No  mo•or~o dos  casos  sõo  afectados  os       autores  compororom  o  ••manteiga  d e  omert-
              seios moKilores e etmoidais, seguidos pelo seio     cfoim"  (Figura 2).
              esfenoidol.                                           É importante salientar que é o moei no (e nõo
                                                      30
                 O  envolvimento do seio frontal é  roro ,        o mucosa nosol) que fornece o  informoçõo  hi>-
                 As óreos hiperdensos evidenciados pelo TC        tológico  necessário  para  o  diagnóstico  de
              surgem  hipointensos  no  RMN  em  TI  o como       RSFA, pelo que deve ser colhido no octo opero-
              •vazio de sinal" em T2.                             tório  e  submetido o  exame  hisfopotológico  e
                                                                  cultural.
                 Avaliação imunológica:                             Não obstante, deve ser feito o exame histo-
                 A  !'.ênsibilizaçã-o  o  fungos pode ser demons--  lógico do mucosa e  pólipos nasais de  modo a
              trado nos cloentes com RSFA  pelo positividade      estabelecer que não existe  invasão fúngico.
              dos  testes cutâneos  po1  prick com  antigénios      O exame  histológica da mucino  revela  vá-
              fvngicos  bem  como  pelo  elevação sérico  do      rios  achados  coracterísticos,  nomeadamente,
              lgE total e lgE específico para fungos. Os níveis   presença  de hifas  fúngicos  nõo  inva sivos  no
              de lgE total têm sido propostos como indicador      meio de aglomerados de eosin6filos  e cristais
              vtil  elo actividade clínica da doença".            de Chorcot.f.eyden.
                 No  entonto,  estes  resultados  laboratoriais     Estes crista is !.ão estruturas hexagonais  bipi·
              são variáve-is e fonte de controvérsia.             romidais que correspondem à lísofosfol i pose do
                 Alguns autores Jêm  descrito vários casos de     membrana celular dos eosinófilos''  (Figuro  3).
              RSFA  sem  elevação dos  níveis  de lgE  e  com       Contudo,  o  exame  completo  de  todos os
              testes cutâneos negativos, questionando o  me-     componentes da  mucino  está  dependente  do
              canismo lgE·mediado nesta  doença 50 •              utilização de colora ções  histológicos  opropri·
                                                                 adas.
                 Histopatologia:                                    A  hemotoxilina-eosina acentua  a  mucino  e
                 A coroct.eristica histopotológico desta  doen·   os seus  componentes  celulares,  mos  não  per·
              ço é  o  presença de  "mudna alérgica••,  factor    mite  identificar os fungos.
              essencia l pa ro o diagnóstico.                       A  identificação  das  hifas  fúngica s  requer
                 Mocrosc.opicome,lte,  este  material tem  con.   colorações  especiais,  como  o  coloração  de
              sistêncio espesso e viscosa, de coloração ama·     Gomori jmetenomino--proto) ou o  coloroçõo de
              relo-ocostonhodo  ou  esverdeado  que  a lguns      Fontono-Mosson (Figuro 4).

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