Page 61 - Revista Portuguesa - SPORL - Vol 43. Nº4
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PATRiClA MflO, ANA MARGARIDA ROMEIRA, MÁRIO MORAIS ot ALMEIDA, JOSÉ ~OSADO PINTO
Os cuidados pós-operatórios começam ime- Se o estado do mucoso nasal se mantiver
diatamente opôs o cirurgia, com irúgoções na· sem alterações inRomotófios durante mais dois
sais com soro fisiológico. meses, faz·se a descontinuação completo do
Os corticosteróides si-stémicos iniciados antes prednisono, sendo o corticóide nasal con·tinua~
do cirurgia são continuados no pós-operatório, do durante um ano.
como porle do leropê<Jiico médico odjuvonle. Os doentes sõo seguidos durante 'Cinco
anos, de acordo com este protocolo.
Terapêutlc:a médica: Os efeitos adversos dos corticosteróides sis-
A terapêutico médico adjuvante inclui corti- témicos devem Sef considerados na terapêutico
costeróides (sistêmicos e tópicos), imunoteropio o longo pmzo: airoso de crescimento, diabeles
e antifúngicos. mellitus, hipertensão, efeitos psicotrópicos, ostec>
porose e necrose asséptica do cabeça do fémur.
• Corticosteróides: Os corticoster6ides tópicos nasais podem
Devido õ suo potente acção onti-inAomatório ser utilizados poro imvnomoduloçõo focal, sem
e aos efeitos de imunomoduloçõo, são impor· risco de complicações sistémicos.
tentes no controlo da reconêncio do doença.
Alguns autores notaram um significativo ou- • lmunoterapia específica:
menta no tempo entre revisões cirúrgicos nos Apesar da terapêutico cirúrgica seguido de
doentes 9ue recebetam corticoferopio sistémi· corticoterapia adjuvante, existe uma elevado
c o prolongada no pós-opefOtório'" ~. taxo de recorrência necessitando de cirurgia
O uso de corticosteróides sistémic.os pode dê revisõo e corticoteropio de monutençõo pro-
ser iniciado antes do cirurgia e mantido por longado.
período variável no pós-operatório. Alguns autores acreditam que a probobili·
Tem-se demonslrodo que o lgE lolol sérico dode do processo recidivar é bastante ele·vado
reflecte o estado clínico do doença, diminuin- se o resposta imune nõo for controfoda's.~.
do com o remi$SÕo e aumentando com a exa- Os dados mais recentes sugerem que CJ et·io-
cerbação«; o s.eu doseomento seriado permite logio desta doença está relacionada com uma
o ajuste do terapêutico. hipersensibilidade do mucoso o ontigénio:s fún·
Actualmente oõo estó ainda estabelecido o gicos, no quol participam reacções de hiper·
posologio e duroçõo do corticoteropio sistémica. sensibilidode lipo 1 e III.
Conludo, Ku hn e Javer'' propõem o seguinle Um dos efeitos do IE é aumenta r o sí:ntese
protocolo pós-opera tório: de lgG específico que irá bloque<Jr a re<J.cção
prednisono 10,4 mg/Kg/dio) duranle 4 dios; lipo 1 lgE-mediodo responsóvel pelo olopio ,
eslo dose ê diminuído O, 1 mg/kg/dio em ci· Neste sentido, a imunoterapio especifico
elos de 4 dios olé se a tingir umo dose de 20 (IE"I tem sido proposta recentemente como tera-
mg/dio ou 0,2 mg/Kg/dio. pêulico vólido no RSFA, permilindo reduzir o
Esto dose é montido enquonlo o doenle é resposta alérgica que conduz ó l"ecidivo e foci·
controlado mensalmente com endoseopio nasol litondo a diminuição do corticolerapio n·eces-
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e doseomenlo de lgE lolol. s6ria ao controlo do doenço <~.
A dose de corticóides é ojuslado de modo o Exislem lrobalhos publícodos que demons·
manter uma mucoso sem edema nem mucina trom o eficódo do IE no redução do lox•o de
alérgico; se este estado for mantido duronte recorrência do RSfA após terapêutica dtrúrgi~
quatro meses consecutivos, a dose de predni· co?6.3vo.
sono é redu:tido poro O, 1 mg/Kg/dio e é ini· Mobry el ol.'" publicorom o moior esludo
ciado um corticóide rópico t~osol. prospectivo controlado, atê ao momento, s.obre
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