Page 53 - Revista Portuguesa - SPORL - Vol 43. Nº4

PATRiCIA MELO. ANA MARGARIDA ROMEIRA, MÁRIO MORr,IS DE AINoEIDA JOSÉ ROSADO PINTO
Assim, o RSF englobo doenças invasivas e
llÕO invasivos que se podem classificar nos
seguintes tipos~:
• Rinossinusite fúngica invasiva:
1 , Necrotizonte aguda
2. Crónico
3. Gron~lomot0$0
• Rinossinusite fúngica
não invasiva:
I . Bolo f<ingico lmicetoma sinusoll
2. Rinossinusite fúngico alérgica
A RSF necrotizante aguda tem uma du·
ração inferior o quatro semanas e geralmente
a fecto doentes imunodep(imidos {diabetes me~
litus, neoplosia s, terapêutica imunossupres$0ro
ou outros imunodeficiêncios primárias ou secun.
dóriosl.
Os funf;!OS mais frequentemente envofvidos
são Aspergillus, Rhizopus e Mucor spp.
O exame h i stopotológico mostra o invasão
do mucoso pef·os hifos, que são angioinvosivas
destruindo lecidos moles e osso.
Este tipo de doença tem uma elevado mor-
talidade, sendo necessária terapêutico cirürgi·
ca urgente, com desbridomento extenso dos
tecidos envolvido~, associado o teropêutico mé-
dico com ontifúngicos sistémicos como o onfo-
tericino Br bem como correcção do défice imu.
nológico $ubjocente.
O prognóstico é reservodo·u.
A RSF invasiva crónica é umo doença
menos fulminante que o anterior, com duração
superior o quotro semanas, recorrente e que
ocorre mais frequentemente em doentes dia·
béficos.
Os doentes têm geralmente uma imunos-.su·
pressão ligeiro.
O exame histopotológico mostro invasão do
mocoso e um infiltrado inRomalório crónico.
Pode OC:OI'rer extensão do infecção para o
órbita, causando proptose e o sindrome do
apex orbitárío.
O trotamento implica desbridomenlo cirúrgi-
co e terapêutico ontifúngico sistémico.
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A infecçõo é difícil de debelar e tem mau
prognõslico"'.
A RSF invasiva granulomatosa tem um
comportamento Indolente.
Oislingue·se do RSf invasivo crónico pelo
facto de ocorrer em doentes imunocompeten·
tes.
Clinicamente têm um comportamento $eme-
lhonte, pelo que é necessário o exame his.topo·
tolõgico poro os distinguir.
A resposta imunológico limito o invasão
profundo do mucosa e o exome hislopotolõgi-
co permite demonstrar granulomas rodeando
os elementos fúngicos existindo uma microin·
1
vasào superFicial do mtJcoso.
A terapêutico cirúrgico com ressecçõo do
mucoso parece ser suficienter embora o~guns
autores odvoguem o administração pós-opera·
tório de ontifúngicos sistémicos, de modo o go·
rontir que sejam eliminados eventuais focos de
infecção residuold.
O progn6slico é melhor relofivomente à RSF
invasiva crónico devido ó integridade do imu·
nidode celular.
A bola fúngica ou micetoma consiste
no ocumufoçõo extromvcoso de muitos hifos
fúngicos degenerados e comprimidos numa
mosso dentro de uma cavidade sinusal.
Geralmente é uniloterat sendo os seios ma·
xilor e esfenoidol os mais oJectados.
Os doentes são imunocompetentes e sem
evidência de ato pio.
Os fungos mais frequentemente implic.ados
são Aspergillus, Altemorio e Penicillium spp.
A terapêutico é cirúrgico consistindo no re-
moção do bolo fúngico, ressecção do mu:cosa
afectado e boo ventilação do cavidade sin usol.
Não é necessário medicação ontifúngico,
sendo o recidiva raro após cirurgia adequo·
da«,
A RSF alérgica (RSFA) é o tipo de rinos-
sinusite. fúngico mais Ftequentemente encontro·
do~ porém 1 o menos compreendido exis~indo
gtonde controvérsia relativamente ó etiologia e
patogénese deslo entidade clínico.