Page 41 - Revista Portuguesa - SPORL - Vol 62. Nº1
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Tabela 3
           Gap AO pré, pós-operatório e ganho audiométrico

                                                          Gap AO            Gap AO            Ganho
                                                       pré-operatório    pós-operatório    audiométrico

          Cirurgia Primária                               28,31 dB           21,7  dB         6,61 dB
          Cirurgia de Revisão                             30,29 dB          30,29 dB           0 dB
          Com reconstrução da parede do CAE               26,65 dB          16,99 dB          9,66dB
          Sem reconstrução da parede do CAE               30,17 dB          28,26 dB           1,91 dB


          realizada em 12 (26,7%) casos com recurso         foram  estatisticamente  significativas  apenas
          a prótese aloplástica parcial de titânio          entre a timpanoplastia tipo III columela
          (PORP); a timpanoplastia tipo III columela        menor  e  a  timpanoplastia  tipo  IV  (p=0,007),
          maior  com recurso  a prótese aloplástica         bem como entre a timpanoplastia tipo III
          total de titânio (TORP) foi realizada em 6        columela maior e a timpanoplastia tipo IV
          (13,3%) dos procedimentos cirúrgicos; e a         (p=0,031).  O  gráfico  1  representa  o  gap  AO
          timpanoplastia tipo III columela estribo com      pré e pós-operatório e o ganho audiométrico
          recurso  a interposição de cartilagem  entre      em função do tipo de timpanoplastia. No
          a supraestrutura do estribo e a membrana          intraoperatório, um caso foi complicado com
          timpânica  foi  realizada  em  15  (33,3%)  dos   fístula de LCR por disrupção da integridade
          ouvidos. A timpanoplastia tipo IV foi realizada   da dura-máter que foi prontamente corrigido
          em 8 (17,8%) procedimentos. A cadeia ossicular    com  Surgicel® e cera de osso. Um doente
          estava integra e móvel em 4 (8,9%) casos, e       apresentou quadro de vertigem e náuseas no
          nesses foi realizada timpanoplastia tipo I.       pós-operatório. Não ocorreram complicações
          Nos casos em que foi realizada timpanoplastia     relacionadas com o  nervo  facial. Durante
          tipo III columela menor (PORP) e maior            o período de seguimento ocorreu recidiva
          (TORP) o ganho audiométrico foi de 10,96 dB       de  colesteatoma  em  6  (13,3%)  casos,  dos
          e 10,04 dB, respetivamente. Quando realizada      quais 2 tinham realizado reconstrução da
          a timpanoplastia tipo III columela estribo o      parede  póstero-superior  do CAE  e 83,3%
          ganho audiométrico foi de 2,15 dB. Ocorreu        corresponderam a cirurgia primária. Não
          um prejuízo na audição em 3,75 dB do doente       existiu significância estatística entre a recidiva
          quando foi realizada timpanoplastia tipo IV. As   e a reconstrução ou não da parede do CAE, o
          diferenças relativas ao ganho audiométrico        tipo de timpanoplastia, cirurgia primária ou

           Gráfico 1
           Gap AO pré e pós-operatório e o ganho audiométrico
























                                                                                     Volume 62 . Nº1 . Março 2024 41
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