Page 40 - Revista Portuguesa - SPORL - Vol 62. Nº1
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Tabela 1                                         LTM da via óssea (LTM-Vo) foi de 31,56 ± 21,58dB.
           Caracterização da amostra                        Assim,  gap AO  médio  pós-  operatório  foi  de
                                                            24,00 ± 11,28 dB. No subgrupo de doentes que
          Amostra                      N= 45 ouvidos
                                                            realizaram cirurgia primária o gap AO médio
                                    25 Mulheres (55,6%)
          Sexo                                              pré-operatório foi 28,31± 9,33 dB e no pós-
                                    20 Homens (44,4%)
                                                            operatório o gap AO médio foi de 21,7 ± 10,83
          Idade média                    51,58 anos
          (min-máx)                     (19-78 anos)        dB,  portanto  verificou-se  um  ganho  no  gap
                                                            AO de 6,61 dB. Enquanto isso, os doentes que
                                     Direito: 22 (48,9%)
          Lateralidade                                      realizaram cirurgia de revisão apresentaram
                                     Esquerdo: 23 (51,1%)
                                                            um  gap  AO  médio  pré-operatório  de  30,29±
                                     Primária: 33 (73,3%)
          Cirurgia                                          15,83 dB e no pós-operatório o gap AO médio
                                     Revisão: 12 (26,7%)
                                                            foi de 30,29 ± 10,42 dB, portanto sem ganho
          Reconstrução da parede
          póstero-superior  do CAE     Sim: 17 ( 37,8%)     no  gap AO. As diferenças relativas ao  gap
          Reconstrução da parede      Não: 28 ( 62,2%)      AO pós-operatório foram estatisticamente
          póstero-superior  do CAE                          significativas  (p=0,022), contudo não existiu
          Follow-up médio               28,31 meses         significância estatística relativamente ao ganho
          (min-máx)                    (12-56 meses)        audiométrico nos doentes que realizaram
                                                            cirurgia primária ou de revisão.  Relativamente
         do  ático e  mastóide  em  12  casos  (26,6%);
         envolvimento do ático, mastóide e cavidade         à reconstrução da parede póstero-superior do
         timpânica em 13 casos (28,9%); envolvimento        CAE, os casos em que se realizou reconstrução
         do ático, mastóide, cavidade timpânica e seio      apresentaram um  gap AO  médio  pré-
         timpânico em 2 casos (4,4%); envolvimento do       operatório de 26,65± 11,22 dB e no pós-
         ático e cavidade timpânica em 6 casos (13,3%);     operatório um gap AO médio de 16,99 ± 11,26
         envolvimento do ático, cavidade timpânica          dB, portanto com o ganho no gap AO de 9,66
         e seio timpânico ou protímpano em 3 casos          dB. Por outro lado, quando não foi realizada
         (6,7%). Constatou-se deiscência do nervo facial    a reconstrução da parede o  gap AO  médio
         em 4 ouvidos e deiscência do canal semicircular    pré-operatório foi de 30,17± 11,26 dB e no pós-
         lateral em 2 ouvidos. A tabela 2 categoriza a      operatório o gap AO médio foi de 28,26 ± 9,07
         amostra em estadios, segundo os critérios          dB, portanto verificou-se um ganho médio no
         EAONO/JOS . Na avaliação audiométrica pré-         gap AO de 1,91 dB. As diferenças relativas ao
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         operatória, o limiar tonal médio da via aérea      ganho audiométrico foram estatisticamente
         (LTM-Va) foi de 58,30 ± 24,03 dB e o LTM da via    significativas (p=0,037). A tabela 3 sumariza os
         óssea (LTM-Vo) foi de 29,46 ± 20,88 dB. Assim,     resultados auditivos relativos ao gap AO pré e
         a gap AO médio pré-operatório foi 28,83 ± 11,25    pós-operatório, descritos anteriormente.
         dB. No pós-operatório, o limiar tonal médio da     Pela  classificação  utilizada  neste  estudo, a
         via aérea (LTM-Va) foi de 55,56± 24,78 dB e o      timpanoplastia  tipo  III columela  menor  foi


           Tabela 2
           Estadiamento da amostra em estudo

                                   Local de difícil   Cavidade Timpânica
          Estadio         N                                                 Ático (A) (%)  Mastóide (M) (%)
                                   acesso (S)* (%)          (T) (%)
          I               9              0                     0              9 (100%)          0
          II              34          5 (14,7%)            23 (67,6 %)       34 (100%)       25 (73,5%)

          III             2              0                  1 (50%)           2 (100%)       2 (100%)
          IV              0              0                     0                 0              0
          Total           45             5                    24                45              27
          * Local de difícil acesso: seio timpânico e protímpano

      40  Revista Portuguesa de Otorrinolaringologia - Cirurgia de Cabeça e Pescoço
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