Page 81 - Revista Portuguesa - SPORL - Vol 50 Nº1
P. 81

FIGURA 4                                          Referências bibliográficas:
          Cervicotomia lateral direita com visualização e ressecção da   1.Flint: Cummings Otolaryngology: Head & Neck Surgery, 5th ed.;
          massa parafaríngea.                               Benign Neoplasms of the Neck
                                                            2.Higo R, Yamasoba T, Kikuchi S: Nasal neurinoma: case report and
                                                            review of the literature.  Auris Nasus Larynx  1993; 20:297-301.
                                                            3.Abeloff: Abeloff’s Clinical Oncology, 4th ed.;
                                                            4.Cakmak O, Yavuz H, Yucel T: Nasal and paranasal sinus schwannomas.
                                                            Eur Arch Otorhinolaryngol  2003; 260:195-197.
                                                            5.Quesada JL, Enrique A, Lorente J, et al: Sinonasal schwannoma
                                                            treated with endonasal microsurgery.  Otolaryngol Head Neck Surg
                                                            2003; 129:300-302.
                                                            6.Dashe J , Gilchrist JM, Overview of schwannomatosis, UpToDate
                                                            18.3, 2010
                                                            7.Wax MK, Shiley SG, Robinson JL, Weissman JL. Cervical sympathetic
                                                            chain schwannoma. Laryngoscope 2004; 114; 2210-2213
                                                            8.Gamesam S, Harar RPS, Owen RA, Dawkins RS, et al. Horner´s
                                                            syndrome:  a  rare  presentation  of  cervical  sympathetic  chain
                                                            schwannoma. J Laryngol Otol 1997; 111:493-5.           CASO CLÍNICO CASE REPORT
          cerca de 1 cm de maior diâmetro à palpação, móvel e   9.Sheridan MF, Yim DWS. Cervical sympathetic schwannoma: a case
          indolor. A RMN documentou lesão ocupando espaço,   report and review of the English literature. Otolaryngol Head Neck
          bem delimitada e de contornos regulares, fusiforme   Surg 1997; 117:206-10
          (24x16,3x38mm),  ao nível da  região  suprahioideia,
          centrada ao espaço carotídeo, entre a artéria carótida
          interna e a veia jugular, condicionando deformação e
          desvio  de  ambas,  que  se  mantinham  permeáveis.  A
          doente  foi  submetida  a  cervicotomia  lateral  direita,
          com identificação e remoção de nódulo castanho claro,
          de  consistência  elástica,  encapsulado,  cujo    exame
          anátomo-patológico foi compatível com schwannoma.
          No pós-operatório imediato, observou-se miose, ptose
          palpebral  e  enolftalmia  direitas,  sem  anidrose  ou
          vasodilatação ipsilateral (síndrome de Horner parcial). A
          avaliação ao 4º mês de pós operatório, revelou melhoria
          significativa da miose e ptose palpebral.

          DISCUSSÃO
          Os schwannomas, dado o seu comportamento
          indolente,  fazem  diagnóstico  diferencial  com  outras
          neoplasias  benignas  parafaríngeas.  As  suas  características
          imagiológicas,  mais  específicas  na  RMN,  orientam  a
          marcha  diagnóstica,  mas  o  diagnóstico  definitivo  é
          histológico. Assim, o tratamento padrão dos schwannomas
          é cirúrgico, preferencialmente por enucleação ou
          resseção tumoral com preservação do nervo envolvido,
          o que muitas vezes não é possível em tumores de
          grandes dimensões. A biópsia ou excisão por via
          transoral está contra-indicada.  Geralmente,  não há
          complicações pós-operatórias graves. O síndrome
          de Horner, raramente observado antes da cirurgia, é
          muito prevalente no pós-operatório, devido a secção
          de  nervos  da  cadeia  simpática  cervical,  mas  tende  a
          regredir progressivamente. 7,8,9








                                                                                       VOL 50 . Nº1 . MARÇO 2012  79
   76   77   78   79   80   81   82   83   84   85   86