Page 23 - Revista Portuguesa - SPORL - Vol 50 Nº1
P. 23

Score de sintomas, peak flow nasal e rinometria


          acústica na rinite alérgica



          Symptoms score, nasal peak flow and acoustic

          rhinomanometry in allergic rhinitis




          Gisela Calado   Graça Loureiro   Carmelita Ribeiro   Daniel Machado   Carla Gapo   António Segorbe Luís   António Diogo Paiva


          RESUMO                                            estatístico. Observou-se correlação linear entre o FC-ASTm e o FC-      ARTIGO ORIGINAL ORIGINAL ARTICLE
          Objectivos: Comparar o score de sintomas, peak flow nasal   volume em T0 (p=0,038) e T1 (p=0,005), ausente quando avaliados
          inspiratório  (PFNI) e rinometria  acústica  (RAC)  na  monitorização   de forma estática.
          terapêutica da rinite alérgica (RA) e avaliar a existência de correlação   Conclusões: A ausência de correlação significativa entre os métodos
          entre eles.                                       poderá dever-se à complexidade da percepção subjectiva da
          Material e Métodos: 11 doentes com RA foram avaliados por   obstrução nasal e à avaliação de diferentes parâmetros da obstrução.
          score de sintomas, PFNI e RAC antes e após 1 mês de tratamento   Na prática clínica o score de sintomas é um bom método de avaliação
          com corticóide intranasal. As avaliações foram realizadas  antes e   da RA. O tamanho e as características da amostra poderão ter
          após descongestão nasal nos dois tempos. Calculou-se o Factor de   condicionado os resultados.
          Congestão (FC) e foi feita a análise estatística dos resultados.  Palavras-chave: correlação, factor de congestão, peak flow nasal
          Resultados: Dos 11 doentes (26,5 ± 4,6 anos, 63,6% do sexo feminino),   inspiratório, rinometria acústica, score de sintomas
          90,9% apresentavam alterações anatómicas à rinoscopia anterior
          e 63,6% estavam polisensibilizados. Apesar de se ter observado   ABSTRACT
          uma correlação inversa entre o score de sintomas e a RAC (ASTm   Objective: To compare symptoms score, nasal inspiratory peak flow
          e volume) e entre o score de sintomas e o PFNI, bem como uma   (NIPF)  and  acoustic  rhinometry  (RAC)  in  monitoring  treatment  of
          correlação directa entre a RAC e o PFNI, estas não tiveram significado   allergic rhinitis (AR) and to evaluate the existence of a correlation
          Gisela Calado                                     between them.
          Interna do Internato Complementar de Imunoalergologia - Serviço de Imunoalergologia dos
          Hospitais da Universidade de Coimbra              Material  and  methods:  11  patients  with  AR  were  evaluated  by
                                                            symptoms score, NIPF and RAC before and after 1 month of treatment
          Graça Loureiro
          Assistente Hospitalar de Imunoalergologia - Serviço de Imunoalergologia dos Hospitais da   with  intranasal  steroids.  Both  evaluations  were  performed  before
          Universidade de Coimbra
                                                            and after nasal decongestion. We calculated the Congestion Factor
          Carmelita Ribeiro
          Interna do Internato Complementar de Imunoalergologia - Serviço de Imunoalergologia dos   (CF) and performed the statistical analysis of the results.
          Hospitais da Universidade de Coimbra
                                                            Results: From the 11 patients (26.5 ± 4.6 years, 63.6% female), 90.9%
          Daniel Machado
          Assistente Hospitalar Eventual de Imunoalergologia - Serviço de Imunoalergologia dos   showed anatomical changes to anterior rhinoscopy and 63.6% were
          Hospitais da Universidade de Coimbra              polisensitized.  Although  there  was  an  inverse  correlation  between
          Carla Gapo                                        the  symptoms  score  and  RAC  (ASTm  and  volume)  and  between
          Assistente Hospitalar de Otorrinolaringologia - Serviço de Otorrinolaringologia dos Hospitais
          da Universidade de Coimbra                        symptoms score and NIPF, as well as a direct correlation between
          António Segorbe Luís                              RAC and NIPF, these were not statistically significant. We observed a
          Director de Serviço de Imunoalergologia - Serviço de Imunoalergologia dos Hospitais da
          Universidade de Coimbra                           linear correlation between FC-ASTm and FC-volume at T0 (p=0.038)
                                                            and T1 (p=0.005), absent when evaluated statically.
          António Diogo Paiva
          Director de Serviço de Otorrinolaringologia - Serviço de Otorrinolaringologia dos Hospitais da   Conclusions:  The  lack  of  significant  correlation  between  the
          Universidade de Coimbra
                                                            methods may be due to the complexity of subjective perception of
          Correspondência:                                  nasal obstruction and the evaluation of different parameters of the
          Gisela Soares Calado da Fonseca
          e-mail: gicalado@sapo.pt                          obstruction. In clinical practice, symptoms score is a good method for
          Telemóvel: 964077472
          Morada: Hospitais da Universidade de Coimbra      AR evaluation. The size and characteristics of the sample may have
          Praceta Professor Mota Pinto                      conditioned the results.
          3000-075 Coimbra - Portugal
                                                            Key-words:  correlation,  congestion  factor,  nasal  inspiratory  peak
          Este trabalho não foi alvo de qualquer suporte financeiro ou bolsa.
          Este trabalho foi apresentado como comunicação oral na XXXII Reunião Anual da Sociedade   flow, acoustic rhinometry, symptoms score
          Portuguesa de Alergologia e Imunonologia Clínica (SPAIC).


                                                                                       VOL 50 . Nº1 . MARÇO 2012  21
   18   19   20   21   22   23   24   25   26   27   28