Page 84 - Revista Portuguesa - SPORL - Vol 43. Nº4
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RINOSINUSITE AGUDA NECROIIZANTE A FUNGOS ·A PROPÓSITO DE 3 CASOS CLÍNICOS.





              perinosais  que,  no ausência  de  trotamento,  é   efectuar sempre cuidadoso observação endos•
              rapidamente fatal.                                 cópico dos rossos nosois.
                 A doença ocorre primariamente em doentes           Todos  os a lterações  mucosos  deverão  ser
              imunocomprometid os,  com  resposta  neutrofili-   biopsodos e, mesmo no ausência detos, dever-
              ca ausente ou muito alterado,  e em  diabéticos    ·Se.à efectuar  biópsia  do  mueoso  do  cometo
              em celoacidose.                                    mêdio se o clínico fot sugestivo'.
                 O  d iogn6stiço  requer  biópsia  do  m~>Coso      Após  confirmação  do diagnóstico,.  mesmo
              no sol/ seios  perinosais  com demonstração  de    ainda sem  confirmação do fungo em questão~
              invasão tecidular  por fungos  e  envolvimento e-  deverá  ser instituído terapêutico "agressiva".
              identificoçõo dos mesmos.                             A  teropêutic:;o  baseio-se  no  correcção  do
                 A  po.sibilidade  de  sobrevivência  depende    imunodeficiêncio  ou  da  alteração metabólico
              essenciafme.:nte  do diagnóstico  precoce,  altura   de  base,  no  desbridomento  cirúrgico  cuido-
              em que não existem  sintomas ou sinais  clínicos   doso e no instiruiçõo de terapêutico onlifóngico
              característicos e o imogiologio  pode ser normal.   endovenoso.
                 Compete ao otorrinolaringologista,  perante        Apesor  do  prognóstico  sombrio  o  curo  é
              um doente de risco, valorizar os mínimos quei-     possível,  exigindo o  atenção  e  motivoc;:õo  de
              xas noso·sinusois (febrículo persistente com du·   equipas muftidisciplinares envolvendo ORL,  in-
              roçõo superior o  AS  horas sob antibioterapia,    lernistos, infecciologistas, oncologistas:,  patolo-
              ólgias  faciais,  áreas  de  analgesia  facial)  e   gistas clínicos e anótomo·potologistos.



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