Page 82 - Revista Portuguesa - SPORL - Vol 43. Nº4
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RINOSINUSrrE AGUDA NECROTIZANTE A FUNGOS -A PROPÓSTTO DE 3 CASOS CÚNICOS·





                 É portanto  fundamental a  realização de bió-                                •
              psia  das óreos suspeitos.
                 A identificoçõo de fungos em exsudodos no-
              sois  nõo  tem  significado diagnóstico,  dado o                                                c
              possibilidade  de colonização dos vias aéreos
              superiores por estes organismos.
                 No e>ame histológico, utilizando coloração
              com  hemotoxilino/oosino  !fig.  6)  e  especial·
              monte com nitrato de prato !fig.  10), é passivei
              o  identiRcoção de hifos  nos  tecidos,  habitual-
              mente com infilhoçõo por neutrófilos, o visuali-                                  •••    .
              zação de m~itos áreas necróticas e a confirmo·                      ....
              ção da ausência de granulomas.                         FIGURA  10 ·COlORAÇÃO COM l'f!TUTO PE PAATA
                                                                         PlltMITINOO A VISUAUZAÇAO DE HIFA$
                 A identili coçõo e dossificação do fungo exi-                INfiLTRANDO OS TECIDOS..
              ge o  suo cu lturo  o  partir dos  tecidos,  hobirual-
              mente em  meio  de  Sobouroud com gentomici-
              na e doronfenicol, e o  análise do suo morfolo-
              gia  ô microS<:opio  óptico l~g.  11,  12,  13).
                 A  tetopeutico  desta  doença  baseia-se  no
              correcção  da  imunodeficiêncio  ou  alteração
              metabólico c:Je bose, no terapêutica ontifúngico
              endovenoso  em altos doses e no desbridamen-
              to cirúrgico de todos os tecidos não viáveis.
                 A correoçõo do  imunodefíciência  de  bose
              pode  não  ser  passivei  ou  pode,  como  nos
              casos clínicos 1 e 3, vir o ter consequências ne·
              fastos sobre  o doente.
                 Contudo~  todos os autores  consideram  ser
              impossível o curo desta situoçõo infeccioso sem
              o conlrolo desle factor.
                 Como  terapêutico  ontifúngico  endovenoso
              utilizo-se  sobretudo o  onfotericino  B  em  altos
              doses e  por longos períodos.
                 Ooda o s.uo nefrotoxicidade pode recorre-se
              á  formo lipossómico e o  novos drogas (por ex_.
              cospofungin o,  voriconoz.ol).
                 Dado a  raridade desta siruaçôo falta  ainda
              avaliar o real eficácia in vivo destas novos dro·
              gos, e definir o  duração do  trotamento.
                 O  desbridomento cinJrgico, precoce e com·
              pfeto,  de  toda a  mucosa  mocroscopicamente
              comprometido é essencial, podendo ser efeçtuo-        ,JGURA 11  • ASPfCTO  MORfOlÔGICO 00 II:KI:Z.OPOS
              do  por  via  endoscópico  ou  por  via  exletno,     ARRHilUS, i CARACTtiÜSTICO A~ISINÇA DE  HIFAS,
                                                                  NÃO SIPTADAS. A  PRiSE..NÇA Dt RlZ  JDES ACASTANHADOS
              consoante  o  localizoçõo  das lesões e  a  expe-              E ESPORAN<;JO$ fS  RKOS.
                                                                               $fTA lARGA• IUZQIDES.
              riência do cirurgião.                                          SETA FINA • ESPORÃNGtOS.
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