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no pré-operatório, no pós-operatório imediato ou persistente e em 3 (4%) doentes era severo
e no seguimento a 1 ano. e persistente. (Figura 7)
Todos estes dados tiveram uma análise No que respeita ao défice auditivo, 18 doentes
estatística realizada usando a versão 26 do (23%) apresentaram-se com grau A, 23 doentes
programa IBM SPSS statistics. Os testes de (30%) com grau B, 8 doentes (10%) com grau C
qui-quadrado (X2) com respetivos ajustes e 29 doentes (37%) com grau D. (Figura 8)
foram usados na avaliação estatística entre Relativamente à mímica facial, 56 (71%)
variáveis não quantitativas – o teste de Fisher doentes apresentaram-se com grau I na escala
e a correção de Monte Carlo foram utilizados de House-Brackmann, 7 com grau II, 4 com
respetivamente nas análises de tabelas 2x2 grau III, 8 com IV, 3 com V e 1 com VI. (Figura 9)
ou >2x2, quando os requisitos da frequência Segundo a classificação Samii, 19 doentes
esperada não foram cumpridos. As variáveis
quantitativas, depois de excluída uma Figura 6
distribuição normal, foram avaliadas com os Gráfico representativo do grau de acufeno
testes de Kruskall-Wallis e Mann-Whitney e apresentado pelos doentes
Spearman. O valor de p < 0.05 foi considerado
estatisticamente significativo.
Foram seguidos todos os procedimentos éticos
recomendados pela Declaração de Helsínquia
da Associação Médica Mundial e todos os
dados foram previamente anonimizados e
tratados de forma anonimizada.
Resultados
Baseline:
Trinta (38%) doentes eram do sexo masculino
e 49 (62%) do sexo feminino. Trinta e cinco
(44%) doentes apresentaram tumor no ouvido
direito e 44 (56%) doentes no ouvido esquerdo.
A média da idade foi de 59 anos e a mediana
de 61 anos. Figura 7
O sintoma de apresentação mais comum foi Gráfico representativo do grau de vertigem/
a hipoacusia unilateral progressiva, registada desequilíbrio apresentado pelos doentes
em 61 (77%) doentes. Sete (9%) doentes
apresentaram-se com um quadro de surdez
súbita.
Relativamente ao acufeno, 38 (48%) dos
doentes não apresentaram este sintoma e em
9 (11%) doentes não se encontrou qualquer
informação clínica. Em 13 (17%) o acufeno era
ligeiro, em 18 (23%) doentes era moderado e
em 1 (1%) doente era severo. (Figura 6)
No que toca ao desequilíbrio ou vertigem,
38 (48%) doentes não apresentaram
este sintoma e em 7 (9%) doentes não se
encontrou informação clínica relevante. Em
22 (28%) doentes o desequilíbrio era ligeiro ou
ocasional, em 9 (11%) doentes era moderado
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