Page 57 - Revista Portuguesa - SPORL - Vol 60. Nº4
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Tabela 3
Relação das características do doente, caraterísticas pré-operatórias da perfuração e técnica cirúrgica
com a recorrência de perfuração (n=57)
Factor Sem Com Factor Sem Com p-value
prognóstico recorrência recorrência p-value prognóstico recorrência recorrência
Idade 0,825 Quadrante ântero-inferior envolvido 0,512
<10 anos 21 7 Não 12 3
>10 anos 21 8 Sim 30 12
Malformação craniofacial 0,467 Perfuração marginal 0,951
Não 39 13 Sim 3 1
Sim 3 2 Não 39 14
Rinite 0,143 Presença de miringosclerose 0,865
Não 31 8 Não 29 10
Sim 11 7 Sim 13 5
Causa provável da perfuração 0,344 Inflamação do ouvido médio 0,570
Após TVTT 16 7 Não 37 14
Otite média 18 8 Sim 5 1
Traumatismo 1 0 Experiência do cirurgião 0,832
TVTT prévio 0,410 Interno 27 10
Não 22 6 Especialista 15 5
Sim 20 9 Tipo de enxerto 0,464
Estado do ouvido contralateral 0,463 Fascia temporalis 38 15
Normal 25 6 Cartilagem 1 0
Pós-op 7 3 Misto (cartiagem 3 0
timpanoplastia e pericôndrio)
Perfuração 7 5 Técnica cirúrgica 0,439
Retração 1 1 Underlay 41 14
Otite média com 2 0 Onlay 1 1
efusão
Secção do umbo 0,876
Estação do ano (cirurgia) 0,379 Não 36 14
Primavera 9 4
Sim 6 1
Verão 6 2
Realização de calibragem do canal 0,680
Outono 15 2
Não 38 13
Inverno 14 7 Sim 4 2
Perfuração subtotal 0,602
Não 36 12
Sim 6 3
internacional onde constam taxas de sucesso de acordo com o descrito por outros autores,
de 76-90%, avaliadas em diferentes momentos ao apontar para o risco de perfurações tardias,
pós-operatórios, entre o 1º e 12º mês após a em média aos 14,3 meses.
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cirurgia. 1,7–14 Segundo Sanchez Barrueco o Nos doentes avaliados neste estudo, a técnica
risco de recorrência após seis meses é inferior cirúrgica mais utilizada foi a via de abordagem
a 2%, mas a nossa coorte - com um tempo de retro-auricular com enxerto de fascia
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seguimento particularmente elevado - está temporalis underlay. Embora mais laboriosa do
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