Page 101 - Revista Portuguesa - SPORL - Vol 60. Nº4
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Tabela 1
          Características clínicas, tratamento e remissão


                     Idade ao                Remissão ao                           Remissão após cirurgia
          Doente,                                         Tratamento Tratamento
             Nº     diagnóstico,   Clínica   diagnóstico,   médico      cirúrgico  1º mês 3º mês 6º mês
                       anos                    semanas
              1          2        F, Am, E        8         Ant, Cor   Amig, Aden                  
              2          1        F, Am, Ad       4         Ant, Cor   Amig, Aden                  

              3          4        F, Am, Ad       3       Ant, Cor, Col     -         -       -      -
              4          4         F, Am          4         Ant, Cor        -         -       -      -
              5          1        F, Am, Ad       4         Ant, Cor        -         -       -      -
              6          1       F, Am, Ad, E     2         Ant, Cor   Amig, Aden                  
              7          1       F, Am, Ad, E     5         Ant, Cor        -         -       -      -
              8          1         F, Am          4         Ant, Cor   Amig, Aden                  
              9          2         F, Am          5         Ant, Cor   Amig, Aden                  
          Abreviaturas: F, febre; Am, amigdalite; Ad, adenite; E, estomatite; Ant, antibiótico; Cor, corticoide; Col, colchicina; Amig, amigdalectomia;
          Aden, adenoidectomia.
          (22,2%) apresentavam antecedentes familiares      Durante  a  crise,  os  valores  médios  dos
          de febre recorrente em idade pediátrica (pai e/   reagentes de fase aguda foram de 15895,6 ±
          ou mãe). Durante a crise, a temperatura variou    5759,5 leucócitos/µL e de 94,1 ± 94,7 mg/L para
          entre 39,0 °C e 41,0 °C, sendo a temperatura      PCR. O valor mínimo registado de leucócitos
          média de 39,9 ± 0,6 °C (tabela 2). A duração      foi 9300/µL e o máximo de 26790/µL. Para
          média das crises ao diagnóstico foi de 4,1 ± 0,8   a PCR, o valor mínimo foi de 2,8 mg/L e o
          dias, com um mínimo de 3 e um máximo de           máximo 248,7 mg/L.
          5 dias.                                           Todas as crianças foram submetidas a
                                                            tratamento farmacológico após o diagnóstico

          Tabela 2                                          (tabela 3). Em alguma fase da doença todas
          Caraterísticas clínicas e laboratoriais durante a crise  foram tratadas com antibiótico (100%) pela
                                                            suspeita de infeção bacteriana. Em crise todas
           Febre (°C)                      39,9 ± 0,6       (100%) foram tratadas com corticoide. Uma
           Leucócitos (/µL)             15895,6 ± 5759,5    das crianças (11,1%) foi tratada com colchicina
           Proteína C Reativa (mg/L)       94,1 ± 94,7      com intuito de prevenir novas crises.
                                                            Aquando     do   diagnóstico   da   síndrome
          Tabela 3                                          de PFAPA, o número médio de semanas
          Tratamento farmacológico instituído               de remissão foi de  4,0 ± 1,8. Após iniciar
           Antibiótico                       100 %          corticoterapia foi de 3,88 ± 1,0 (tabela 4), com
                                                            um mínimo de 3 e um máximo de 8 semanas.
           Corticoide                        100 %
                                                            A única criança medicada com colchicina (fora
           Colchicina                        11,1 %         de crise) aumentou o período de remissão em
          Nota - antibiótico: amoxicilina e/ou amoxicilina + ácido clavulânico  1 semana (3 para 4 semanas).
          e/ou penicilina; corticoide: dose única prednisolona
                                                            Das  9 crianças,  5 (55%)  foram  submetidas  a
          Tabela 4                                          amigdalectomia por dissecação clássica com
          Remissão (semanas) ao diagnóstico e após          adenoidectomia (tabela 1). Destas 5 crianças,
          tratamento médico/cirúrgico
                                                            2 (40%) eram  do sexo masculino e 3 (60%)
           Ao diagnóstico                    4,00           eram do sexo feminino, tendo 4 (80%) sido
           Após iniciar corticoterapia       3,88           intervencionadas aos 2 anos de idade e 1 (20%)
                                                            aos 3 anos.
           Após amigdalectomia               50,6


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