Page 11 - Revista SPORL - Vol 58. Nº1

TABELA 2
Características clínicas dos pacientes com PIN e análise de acordo com a presença de recidiva

Idade Total Sem Recidiva Recidiva Valor de P ARTIGO ORIGINAL ORIGINAL ARTICLE
(n = 22) (N = 15) (N = 7) 0.44
Género 0.67
Masculino 58.23 ± 11.94 59.60 ± 11.49 55.29 ± 13.28 0.34
Feminino 0.92
14 (63.6) 10 (71.4) 4 (28.6)
Tabagismo 8 (36.4) 5 (62.5) 3 (37.5) 0.06
Fumador 0.05
Não Fumador 8 (36.4) 4 (50) 4 (50) 0.05
14 (63.6) 11 (78.6) 3 (21.4) 1.000
Exposição Ocupacional
Sim 8 (18.2) 5 (62.5) 3 (37.5)
Não 14 (63.6) 10 (71.4) 4 (28.6)

Estadiamento 2 (9.1) 2 (66.7) 0 (0)
I 12 (54.5) 10 (83.3) 2 (16.7)
II 8 (36.4) 3 (37.5) 5 (62.5)
III 14 (63.6) 12 (85.7) 3 (21.4)
Precoce (I – II) 8 (36.4) 3 (37.5) 5 (62.5)
Avançado (III-IV)
6 (27.3) 2 (33.3) 4 (66.7)
Extensão ao Seio Frontal 16 (72.7) 13 (81.3) 3 (18.7)
Sim
Não 21 (95.4) 14 (66.7) 7 (33.3)
1 (4.6) 1 (100) 0 (0)
Abordagem Cirúrgica
CENS
Combinada

Fatores de Risco: O grupo de doentes fumadores (38.4%) Estadiamento: Segundo o estadiamento de Krouse,
apresentou taxa de recidiva superior comparativamente 2 doentes (9.1%) foram classificados no estadio I, 12
aos não fumadores, mas sem diferença estatisticamente doentes (54.4%) no estadio II e 8 doentes (36.4%) no
significativa (50% vs. 21.4%, p=0.343). A exposição estadio III. Não se verificaram casos no estadio IV. Dos
ocupacional a poeira inorgânica (madeira, têxtil e 8 doentes no estadio III, 6 apresentavam envolvimento
metalúrgica) foi identificada em 5 doentes (22.7%). Não do seio frontal, num caso verificou-se extensão à parede
se verificaram diferenças estatisticamente significativas posterior do seio maxilar e num caso ao seio esfenoidal.
na frequência de recidiva de acordo com a exposição Os tumores em estadio avançado apresentaram taxa de
ocupacional (37.5% vs. 28.6%, p=0.919). recidiva superior comparativamente aos PIN em estadio
precoce (62.5% vs. 21.4%, p=0.05).
Apresentação Clínica: O sintoma de apresentação mais
frequente foi a obstrução nasal unilateral, presente Biópsia Pré-operatória: A biópsia pré-operatória foi
em 86.4% dos doentes, seguido de epistáxis (18.2%). A realizada em 15 doentes (65.2%) e os resultados estão
mediana do tempo de evolução da sintomatologia foi de descritos na tabela 3. Verificaram-se 13.4% de resultados
6±8 meses (mín.: 1 , máx.: 36). Todos os doentes realizaram falsos-negativos. Não houve diferenças na taxa de
tomografia computorizada (TC) de seios perinasais e 18% recidiva entre os pacientes com e sem diagnóstico pré-
estudo concomitante com ressonância magnética (RMN). operatório de PIN (33.3% vs. 28.6%, p=0.612).
Os seios perinasais mais frequentemente afetados
foram os seios etmoidal e maxilar, em 81.8% e 54.5% Abordagem Cirúrgica e Análise Histopatológica: Em
respetivamente. Em 6 doentes houve extensão do PIN 21 doentes a abordagem foi endoscópica (95.5%) e um
ao seio frontal, verificando-se nestes casos uma taxa de doente foi submetido a abordagem combinada (4.5%)
recidiva superior (66.7% vs. 18.7%, p = 0.05). com antrostomia maxilar anterior. Todos os doentes

VOL 58 . Nº1 . MARÇO 2020 9