Page 42 - Portuguese Journal - SPORL - Vol 55 Nº2
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TABELA 3
Análise univariada e multivariada de preditores de alta dos doentes com infeções
Variáveis HRc (IC a 95%) P HRa (IC a 95%) P
Idade (anos) 0.989 (0.982; 0.996) 0.002 0.987 (0.978; 0.996) 0.003
Sexo
Feminino Ref
Masculino 1.112 (0.849; 1.456) 0.439
Estação
Outuno Ref
Inverno 1.100 (0.743; 1.630) 0.634
Primavera 1.109 (0.764; 1.611) 0.587
Verão 0.949 (0.641; 1.404) 0.793
Comorbilidade (DM)
Não Ref
Sim 0.616 (0.413; 0.920) 0.018 0.664 (0.369; 1.196) 0.173
Etiologia
Odontogénica Ref
Não odontogénica 1.437 (1.066; 1.935) 0.017 1.465 (0.988; 2.171) 0.057
Local de infeção cervical profunda
Único Ref
Múltiplo 0.337 (0.230; 0.394) < 0.001 0.281 (0.176; 0.447) < 0.001
Tratamento ATB antes da admissão
Não Ref
Sim 0.956 (0.727; 1.256) 0.746
Dias sintomáticos até admissão 0.988 (0.950; 1.027) 0.540
Sintomas
Odinofagia / Odontalgia 1.481 (1.079; 2.034) 0.015 1.275 (0.882; 1.844) 0.196
Disfagia 1.286 (0.973; 1.698) 0.077
Dispneia 0.432 (0.257; 0.724) 0.001 0.433 (0.221; 0.849) 0.015
Disfonia 0.628 (0.322; 1.228) 0.174
Tumefação cervical 0.575 (0.437; 0.756) < 0.001 0.610 (0.414; 0.898) 0.012
Sinais
Hipertermia 0.975 (0.745; 1.276) 0.853
Trismos 0.988 (0.751; 1.291) 0.932
Abaulamento faríngeo 1.441 (1.101; 1.886) 0.008 1.076 (0.761; 1.521) 0.679
Análises laboratoriais
LCT ≥ 11.0 células x 10 /L 0.958 (0.660; 1.391) 0.823
9
PCR > 3.0 mg/L 0.441 (0.243; 0.802) 0.007 0.712 (0.378; 1.339) 0.292
Sintomas, sinais e análises laboratoriais: referência – não ter sintoma/análise laboratorial acima de valores considerados normais
a ecografia cervical foi significativamente superior que ocuparam mais de um espaço no EP, foram quase
no EP (6.0% vs 1.8%). Os dados relativos à etiologia o dobro das encontradas na série atual (31.4% e 18.8%
foram sobreponíveis em ambas as séries, com um respetivamente). A abordagem ATB diferiu entre as
predomínio das infeções odontogénicas. No entanto, o duas séries, com a anterior a demonstrar preferência
número de infeções cuja causa não foi estabelecida foi pela combinação de gentamicina com metronidazol
inferior na série anterior (9.4% vs 11.7%). Em relação associada ou não a amoxicilina com ácido clavulânico
aos espaços anatómicos atingidos, também no estudo (AC) (52%). A segunda opção mais utilizada foi a
anterior o espaço submandibular foi o mais afetado clindamicina com gentamicina também esta com ou
(51.5%). No entanto, o espaço periamigdalino (2.6%) sem AC (33.2%). Tal como no estudo atual, a maioria dos
ocupou o quarto lugar, atrás do espaço parafaríngeo doentes foi também submetida a tratamento cirúrgico
(6%) e do retrofaríngeo (4.3%). O número de infeções (88.9%) quase sempre nas primeiras 48h (74.3%). No EP,
104 REVISTA PORTUGUESA DE OTORRINOLARINGOLOGIA E CIRURGIA CÉRVICO-FACIAL

