Page 63 - Portuguese Journal - SPORL - Vol 53 Nº1
P. 63

super-selectiva,  permitir  o  estabelecimento  de  um   12.  Ntomouchtsis  A,  Venetis  G,  Zouloumis  L,  Lazaridis  N.  Ischemic
          diagnóstico etiológico em alguns casos (nomeadamente   necrosis of nose and palate after embolization for epistaxis. A case
                                                            report. Oral Maxillofacial Surg. 2010; 14:123-127.
          malformações vasculares ou pseudoaneurisma), poder
          ser facilmente repetido se necessário, permitir um maior
          conforto para o doente e ter menor risco de infeção
          e trauma da mucosa nasal 2,4,7,10 . É um procedimento
          altamente eficaz, com uma taxa de sucesso de 71-100%
          e de 0-45% de complicações (<2% persistentes) 1,4,8,11 .
          Analisando as vantagens da laqueação cirúrgica e
          embolização pode pensar-se que laqueação cirúrgica
          será uma melhor opção de primeira linha para a epistáxis
          grave. Contudo, em algumas situações será preferível
          a  embolização,  como  em  doentes  com  múltiplas
          comorbilidades, em que há risco para anestesia geral.
          Além  disso  a  cirurgia  em  pacientes  anticoagulados
          aumenta o risco de hemorragia, assim nestes casos a                                                      CASO CLÍNICO CASE REPORT
                                                      10
          embolização é menos traumática para a mucosa nasal .
          Quando se considera o menor risco de complicações
          major e menor impacto económico a laqueação cirúrgica
          (esfenopalatina  e  etmoidal  anterior)  poderá  ser  a
          opção preferencial. A embolização será uma melhor
          opção em doentes sem condições para anestesia geral,
                                               10
          anticoagulados e no caso de falência cirúrgica .
          CONCLUSÃO
          Os  casos  apresentados,  refletem  a  necessidade  e  a
          importância de ter disponíveis todas as formas de
          abordagem de epistáxis nomeadamente a epistáxis
          grave. A escolha entre a embolização e laqueação
          cirúrgica depende  da disponibilidade da  técnica  e
          da experiência local. No entanto, são necessários
          ulteriores estudos que apresentem níveis de evidência
          superiores na comparação da abordagem endovascular
          vs. cirúrgica.

          Referências bibliográficas:
          1.Willems PWA, Farb RI, Agid R. Endovascular Treatment of epistaxis.
          Am J Neuroradiol. 2009; 30: 1637-45.
          2. Santaolalla F, Araluce I, Zabala A, López A et al. Efficacy of selective
          percutaneous embolization for the treatment of intractable posterior
          epistaxis  and  juvenile  nasopharyngeal  angiofibroma.  Acta  Oto-
          Laryngologica. 2009; 129: 1456-1462.
          3. Douglas R. Wormald PJ. Update on epistáxis. Curr Opin Otolaryngol
          Head Neck Surg. 2007; 15: 180-183.
          4. Christensen NP, Smith DS, Barnwell SL, Wax MK. Arterial Embolization
          in the Management of Posterior Epistaxis. Otolaryngology-Head and
          Neck Surgery. 2005; 133: 748-753.
          5. Melia L, McGarry G. Epistaxis: update on management. Curr opin
          Otolaryngol Head Neck Surg. 2011; 19: 30-35.
          6. McGarry GW. Epistaxis. Scott Brown Edition. 2008; Cp126; pg: 1596-
          1608
          7. Strach K,  Schröck A,  WilhelmK,  Greschus S et al. Endovascular
          Treatment  of  Epistaxis.  Indications,  Management  and  Outcome.
          Cardiovasc Intervent Radiol. 2011; 34: 1190-1198.
          8. Sadri M. Midwinter K. Ahmed A. Parker A. Assessment of safety
          and efficacy of arterial embolization in the management of intractable
          epistáxis. Eur Arch Otorhinolaryngol. 2006; 263: 560-566
          9.  Risley  J,  Mann  K,  Jones  NS.  The  role  of  embolization  in  ENT:  an
          update. The Journal of Laryngology & Otology. 2011; 1-8.
          10. Rudmik L. Smith TL.Management of intracatable epistaxis. Am J
          Rhinol Allergy . 2012. 26, 55-60.
          11.  Fukutsuji  K.  et  al.  Superselective  angiographic  embolization  for
          intractable epistaxis. Acta Oto-Laryngologica. 2008; 128: 556-560.

                                                                                       VOL 53 . Nº1 . MARÇO 2015 61
   58   59   60   61   62   63   64   65   66   67   68