Page 10 - Revista Portuguesa - SPORL - Vol 50 Nº1
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e 32% de RS aguda. Para 7% da população o diagnóstico FIGURA 2
não se encontrava diferenciado. Antecedentes alérgicos por tipo de RS
A prevalência da rinossinusite aguda não diferiu
significativamente da sua forma crónica, tanto no que
diz respeito ao sexo dos doentes (p=0,627 e p=0,587,
respectivamente), como à sua idade (p=0,232 e
p=0,497, respectivamente).
Apresentação Clínica
Dos doentes com diagnóstico confirmado de RS,
cerca de 92% apresentava pelo menos um sintoma
de diagnóstico da doença (p <0,001). No grupo da
população sem diagnóstico, aproximadamente 39%
apresentava pelo menos um sintoma (p <0,001).
Os sintomas mais frequentes na população com
diagnóstico de RS, foram a obstrução nasal (83,1%), as
cefaleias (60,6%), a dor/pressão facial (50,6%), as crises
esternutatórias (50,2%) e a rinorreia não purulenta
(40,7%).
Dos 89 doentes com RS aguda cerca de 93% referiu
ter pelo menos um dos sintomas associados à doença.
Nos doentes com RS crónica (n=156) a proporção de
doentes com pelo menos um dos sintomas foi de 90%.
Não se verificaram diferenças entre os dois grupos na
proporção de sintomas referidos.
Aproximadamente 92% dos utentes com diagnóstico
de RS apresentavam antecedentes alérgicos (p <0,001).
Entre os antecedentes alérgicos mais comuns estão a
história familiar de alergias (existência de familiares
próximos com diagnóstico de alergias) e as alergias
inalantes.
Os antecedentes alérgicos foram identificados em 86%
dos doentes com RS aguda e em 96% dos doentes com FIGURA 3
RS crónica (p=0,013). Exames complementares de diagnóstico por tipo de RS
Na figura 2 são apresentadas as diferenças na
prevalência dos vários antecedentes alérgicos por
tipo de RS. Os doentes com RS aguda apresentavam
uma prevalência mais baixa de antecedentes de
envolvimento nasossinusal pela alergia, face aos
doentes com RS crónica.
Verificou-se que 42% dos doentes com diagnóstico de
RS apresentavam co-morbilidades, nomeadamente
asma (15,2%), atopia (11,3%), rinite não alérgica (4,4%)
e síndrome gripal (12,7%).
Avaliação Diagnóstica
Metade dos doentes (50%, n=109) com diagnóstico da
patologia já tinha efectuado pelo menos um exame
complementar de diagnóstico. Em relação aos exames
realizados, verificou-se que 76% dos doentes realizou
Radiografia convencional e cerca de 42% Tomografia
Computorizada (TC) dos SPN. A figura 3 apresenta
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