Page 105 - Revista Portuguesa - SPORL - Vol 44. Nº1
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PEDRO MONTALVÃO, JOSÉ  SARAIVA, JORGE SOARES; NUNO SANTIAGO





             A  doente  referia  tombem  hipósmia  nos  últi-
          mos  dois  meses  acompanhada  de  cefaleias
          ocasionais.
             A  endoscopia  nasal  permitiu  observar  na
          fossa  nasal esquerda  uma  massa  de superfície
          lisa,  vermelho  escuro,  friável  ao  toque  e  ocu-
          pando a  metade superior da cavidade nasal.
             A  TC  dos seios  peri-nasais (fig.  1 e  2)  reve-
          lou  uma  extensa  neoformação  da  fossa  nasal
          esquerda com invasão do etmóide, esfenóide e
          órbita.





                                                              FIGURA 2: CORTE  CORONAL DE  TC  MOSTRANDO O  TUMOR.


























            FIGURA  1: CORTE  AXIAL DE  TC  MOSTRANDO O  TUMOR.



                                                               FIGURA 3: CORTE CORONAL DE  RMN PRÉ-OPERATÓRIA.
             Devido à  existência de erosão da lâmina cri-
          vasa foi pedida uma RMN (fig. 3 e 4) que mos-
          trou  que  o  tumor  tinha  extensão  à  órbita
          esquerda  e fossa cerebral anterior,  sem aspec-   com  maxilectomia  mediana,  etmoidectomia  e
          tos  infiltrativos.                                excisão da dura aderente; a oclusão da solução
             A  lesão possuía hipersinal com ganho global-   de continuidade da dura foi  efectuada  através
          mente  homogéneo após injecção de contraste.       de fáscia  lata  homóloga.  A  musculatura da ór-
             As  biópsias efectuadas no gabinete de con-     bita não mostrava sinais de infiltração tumoral.
          sulta  foram  inconclusivas.                          O  pós-operatório  decorreu  sem  incidentes
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             Foi  realizada cirurgia com  exérese total  do   tendo a doente tido alta ao 5 dia após a cirur-
          tumor por via  paralátero  nasal e  médio labial,   gia.

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