Page 26 - Revista Portuguesa - SPORL - Vol 40. Nº3

ANTONIO VASCO DE OLIVEIRA; NUNO TRIGUEIROS CUNHA

Ainda n60 se sobe com certeza onde se situam color, e que o aplicação de color directomente no
os neurogerodores responsáveis pela produção de cócleo produziria o cura. Num estudo de Win e
um ocuÍeno subjectivo, nem se depende unicomeme Felix (1989), que investigorom o uso de um loser de
de um receptor ou zono neural específico. baixa potência em combinação com terapia de
A perpetuação do ocufeno poderá ser um fenó- ginkgobilobo, reÍefem que 60% dos pacientes sen-
meno do Sistema Nervoso Central ditodo por uma tiam melhoria ou mesmo desaparecimento do ocufe
actividade periférico novo. no Cl'ÓniCO [33]. No entanto, es1es resultados nunco
foram confirmados por outros esmdos clinicos. Com
resultodos opostos, um estudo de Wolgef et ol.
1.6. TIPOS DE TRATAMENTO [I995], referem não existir evidência de melhoria
com o uso do laser, nem com o sua associação (:
Vórios tipos de hotomento cém sido propostos e ginkgobilobo, referindo o efei1o placebo como a
utilizados. Obviamente que o ceropio medicamen- causa mais provável para o conclusão obtido por
toso é umo dos mois generolizodos, particularmente Win e Felix. Referem Iombém que os raios loser são
pela classe médica. Devemos no entonto não esque total ou em grande porte absorvidos antes de atin-
cer que alguns medicomemos são eles próprios indu- girem o cócleo [33].
tores de eCuÍenos. Entre eles, segundo Sandlin e Ols Sondlin & Olsson, referem não existirem dúvidas
son contomse os antibióticos ominoglicosideos, de sobre a necessidade e utilidade do terapia psico
que fazem parte o gentomicino, o konomicino, o lógica em grande parte dos doentes com zumbido
neornicino, o estreptomicina, o tobromicino, entre subjectivo. Mas, que tipo de iniefvençõo melhor
muitos outros, bem como olguns onti-inflomotérios serve as necessidades destes doemes, sendo a
nõo esteróides como o ospirino, o ibuprofen e o no- questão básico, 0 de sober se 0 doente poderá
proxen. Porodoxolmente, referem que alguns medi- resolver os seus problemas, ou o oprender o lidar
camentos que $60 conhecidos como podendo mois eficazmente com eles, 1endo como objective
induzir os ocufenos tiveram algum sucesso no seu levo-lo o pensar e reagir de umo Íormo diferente em
tratamento [33]. relação oo problema, para que as respostas nego-
A dificuldade em encontrar uma 1eropio medico- tivos sejam gfondemenle reduzidos ou eliminados
mentoso eficaz para os ocufenos, segundo Rober: [33].
Brummen, citado pelos outores atrás mencionados, Dos vórios terapias psicológicos, destoco-se o
centro-se no aindo gronde desconhecimento do me— terapia cognitive que se boseio no reinterpretação
conismo que os diferemes agentes (drogas, trauma- dos factos do vido por forma o que o pocieme se
tismo, ruído, patologias,...) desencadeiam poro pro sinto melhor. A teropio cognitive opresento quolro
vocor o ocuíeno. A medicação surge assim mais no objectives [26]:
sentido de procurar controlar o sintomo do que — melhorio répido de sintomas;
procuror o cura. É dentro deste contexto que são — umo cloro explicação do porquê dos altero—
usados onsioliticos e antidepressivos. Freche1 e ções de humor;
Geoffroy, opoiom-se num estudo de Pillgram, efec- — estrolégios de autocontrole;
tuado em 1999, e que refere que someme 37% dos — prevenção e crescimento pessoal, de forma o
pociemes medicados tiveram resultados eficazes, evitar os alterações de humor reoiuslondo os
comum 61% que referem ter tido pouco, ou mesmo seus volores básicos e omudes.
nenhuma ciudo, concluindo que se deverio comi-
nhor para uma uniformização e redução no pro Boseio-se no princípio de que paciente e lero-
fusão de trotomentos [24]. peuto devem trabalhar conjuntomenle poro encon-
Foi iguolmente proposto o utilização do terapia tror as distorções cognitivos que o pocieme possui,
loser, boseondose no Íocio de que o lose: produz e que são pensamentos irreolistos e negatives sobre

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