Page 28 - Revista SPORL - Vol 57. Nº4
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FigFIuGrUaR2A. P2rotocolo de Registo Operatório.
Protocolo de Registo Operatório
RINOSSEPTOPLASTIA RINOSSEPTOPLASTIA
REGISTO OPERATÓRIO REGISTO OPERATÓRIO
REGISTO OPERATÓRIO REGISTO OPERATÓRIO
DATA: ___ / ___ / ___ PIRÂMIDE NASAL
EQUIPA CIRÚRGICA : ______________________________________________________________________________ MOBILIZAÇÃO DA PIRÂMIDE - OSTEOTOMIAS
PROCEDIMENTO(S) : ______________________________________________________________________________
ANESTESIA OBJECTIVOS PRINCIPAIS ABORDAGEM INCISÕES Abordagem Instrumento Movimento
Endonasal Transcutânea Osteótomo Piezoeléctrico Greenfracture Completo
Sedação + AL Alinhamento mediano Aberta (externa) Transcolumelar (V invertido, _____ )
AG Desprojecção do dorso Fechada (endonasal) Infracartilagínea (mar ginal) Basais/Laterais
Redução de bossa Intercartilagínea ( L-L; L-H; ______)
Nondelivery Transcartilagínea
Aumento do dorso Delivery Intermédia
Trabalho de ponta T
Killian Mediana/Paramedianas
_______________________ _______________________
_______________________ Transversas
_______________________
_______________________
_______________________
Outra ( ______________ )
ABORDAGEM SEPTAL TRABALHO NO DORSO
Não abor dado Não abor dado REPOSICIONAMENTO DA PIRÂMIDE
Abordagem Cartilagíneo Infracture ( D; E; Bilateral)
DIR ESQ Outfracture ( D; E; Bilateral)
Redução ____ mm ( septo dorsal, triangulares) Rotação ( D; E)
Dorsal Aumento ____ mm (fonte: _______) Let-down
Extracorporal Resolução de bossa; sela Push-down
Outro ________________________________________ Push-up
Killian
Descolamento Ósseo PONTA NASAL
Redução ____ mm na ár ea K
DIR ESQ ( raspa; osteótomo; piezoeléctrico) ABORDAGEM Delivery (luxação) Nondelivery - retrógrada (inversão) Nondelivery - transcartilagínea
Parcial Aumento ____ mm (fonte: _______) Externa (aberta)
Total Resolução de bossa; sela
Redução de pr otusão lateral ( D; E) TRABALHO DA PONTA
Ressecção Outro ________________________________________
Não abor dada Suturas
Cartilagem Reconstrução (1/3 médio) Ressecção cefálica da crura lateral ( __x__ mm) as suturas realizadas e respectivos
__________________________ Spreader grafts ( D; E)
Redução do septo caudal (__ mm) Autospreader flaps ( D; E) Tur da crura lateral representando no diagrama em anexo (exemplos:
Preservação de L-strut (__ mm caudal, __ mm dorsal) Dorsal graft (fonte: _______) Columellar strut graft de niç ão dómica/intradómica; transdómica;
Fixação com suturas ( ___________ ) Batten graft equalização dómica, inter dómica, …)
Osso Tip graft
Etmóide ( ___________ ) Detalhe Shield graft ________________________________________
Vómer ( ___________ ) Suavização de irr egularidades ( ___________ ) ________________________________________
Base ( ___________ ) Preenchimento com gel-cartilagem ( ___________ ) Reposicionamento da crura lateral ________________________________________
Espinha nasal ( ___________ ) Lateral crural steal ________________________________________
__________________________ 10 Middle crural steal ________________________________________
________________________________________
Scoring e suturas Ressecção e r econstrução dómica
_____________________________________________________ Sobreposição das cruras laterais médias ambas (Lipset)
_____________________________________________________
Sutura septo-columelar
Reconstrução
Reposição ( ______________________________________ ) Preenchimento c/ gel-cartilagem
Caudal strut Septal strut
_____________________________ ________________________________________________________
Pedro Correia-Rodrigues, 2018 11
Pedro Correia-Rodrigues, 2018
Figcoumrao3.pEoxreemxpelmo pdeloreipnrferasecnttuarçeã,o oiluutsftrraacdtaudreo,arcototacçiãrúor,gilceot-na últiúmtial speacçraãoododepsroatfoiocolqoudee aregriinstoos,sceupjotopprleaesnticahimreepnrteospeondtae,ser
readAloizwsaednco,çpãemousfhsoe-rdgmouawitnontefoísuficopocua(sp-shae-puenpl)o2,o24ut.realbecatlrhóonicdoa. ponta nasal, tendo em conta a sua complexidade e a multiplicidade
de variáveis que requerem uma decisão consciente e
iniciando-se pelo registo da abordagem utilizada aprendizagem contínua para que sejam tomadas numa
(externa, delivery, nondelivery com inversão, nondelivery sequência lógica. Segundo Tebbetts25, numa avaliação
transcartilagínea) e especificando, de seguida, as várias do nariz baseada apenas em 6 fotografias de diferentes
possíveis inúmeras técnicas realizadas. Em relação às ângulos, mais de 350 parâmetros podem potencialmente
suturasefiosutilizadosnestaunidade(exemplos–definição exigir uma decisão cirúrgica. Esta afirmação é corroborada
dómica, interdómica, transdómica, equalização, etc.), pela inúmera quantidade de tópicos que o protocolo
sugerimos o seu registo livre específico no diagrama em apresentado considera, evitando que determinados
desenho disponível na última secção do documento2,13,25. pormenores cruciais ao sucesso cirúrgico sejam
O documento permite ainda registar outros gestos negligenciados pela ausência de uma avaliação pré-
cirúrgicos realizados nas asas nasais, columela, operatória sistemática. Em relação ao registo operatório,
abordagem à válvula nasal, base e vestíbulo, bem como Jack Gunter24,25 é considerado o pioneiro na construção de
de procedimentos adicionais nos cornetos inferiores ou um diagrama para registo cirúrgico, ainda hoje utilizado
outras estruturas endonasais. O tipo de tamponamento de forma adaptada com aquele que sugerimos. Apesar de
nasal e contenção da pirâmide com talas e adesivos existirem na literatura inúmeras publicações que abordam
também poderão ser assinalados nesta fase. a análise pré-operatória do doente a ser submetido a
À semelhança dos diagramas do esqueleto nasal já rinosseptoplastia1,6,24,25, poucas partilham protocolos
especificados previamente na secção de Planificação definitivos que possam ser reproduzidos pelo cirurgião
Pré-Operatória, a última folha do Registo Cirúrgico representando um plano operatório concreto. Além
inclui desenhos que permitem a ilustração directa e da sua imediata disponibilização, reconhecemos ainda
rápida do procedimento pelo cirurgião de forma prática como vantagens destes protocolos a sua leitura clara e o
imediatamente após a sua realização (Figura 3). preenchimento fácil, que na era digital poderá facilmente
ser realizado com recurso a dispositivos electrónicos,
DISCUSSÃO inclusivamente móveis. A clareza das ilustrações permite
O planeamento sistemático do acto cirúrgico previamente ainda que os próprios doentes possam ser integrados no
a uma rinosseptoplastia representa um passo crítico na processo de decisão cirúrgica e facilita a comunicação
obtenção de resultados favoráveis, tendo vindo a ser cada numa linguagem comum interpares, a comparação
vez menos negligenciado pelos otorrinolaringologistas que de resultados e a partilha de informação científica.
executam procedimentos de Cirurgia Plástica Facial por Reconhecemos, contudo, que o protocolo apresentado
rotina. Os protocolos aqui apresentados permitem que o poderá ser modificado pontualmente e adaptado
cirurgião deste território tenha disponível uma ferramenta individualmente às preferências de cada cirurgião, tendo
158 REVISTA PORTUGUESA DE OTORRINOLARINGOLOGIA E CIRURGIA DE CABEÇA E PESCOÇO

