Page 32 - Revista SPORL - Vol 57. Nº4
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comprimir estruturas adjacentes.(1) Devido à complexidade A Ressonância Magnética do pescoço mostrou uma
anatómica desta área a excisão destas lesões é por lesão expansiva no espaço carotídeo à esquerda,
norma desafiante. ovalada e de limites bem definidos, isointensa em
T1, de sinal heterogéneo em T2 e com captação
Caso Clínico heterogénea do produto de contraste, com as
Descrevem-se dois casos clínicos. dimensões de 40x44x60mm de maiores eixos que se
O primeiro de uma doente de 44 anos, com queixas de prolongava desde o plano da bifurcação carotídea até à
abaulamento da parede lateral da faringe condicionando base do crânio, condicionando afastamento das artérias
medialização da amígdala. Realizou TAC cervical (Figura carótidas interna e externa (Figura 2). Também realizou
1) que revelou uma volumosa lesão expansiva, de aspeto angiografia carotídea que à esquerda revelou uma
heterogéneo e vascularizada, com cerca de 34x55 mm lesão expansiva com expressão a nível da bifurcação
de diâmetros e que desviava, internamente, a carótica carotídea é pouco vascularizada e condiciona desvio da
interna e, externamente a carótida externa. artéria maxilar interna, para trás e para fora (Figura 3).
FIGURA 1
TAC Cervical com contraste (corte coronal e transversal)
FIGURA 2
RMN pescoço: A - Corte sagital T2; B - corte transversal T1 com gadolínio SPIR; C - corte transversal T1;
162 REVISTA PORTUGUESA DE OTORRINOLARINGOLOGIA E CIRURGIA DE CABEÇA E PESCOÇO

