Page 98 - Revista Portuguesa - SPORL - Vol 44. Nº2
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Rev.  Port. ORL. n." 44, n." 2,  ................ , Junho 2006
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                       Diário do Congresso N.  2  20 a 23 de Maio de 2006
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                     «Potpourri  da liderança»,  segundo K. J. Lee


                             <<DESENVOLVER o  LídER
                                  QUE  IIÁ  EM  NÓS»

                                            A noção segundo o quol todos devem «desenvolver o líder que
                                           hó em nós» foi defendido ontem por K. J. Lee, coordenador interno·
                                           cionol do Academia Americano de Otorrinolaringologia (MO), numa
                                           conferência que encerrou o Vil Reunião Luso-Galaico de ORL,  que
                                           decorreu em simultâneo com o congresso do SPORL.
                                            O também ex-presidente  (200 1· 2002) do mesmo academia ofir·
                                           meu que um líder tem que ser «um agente do mudança» e «orquitec·
                                           to e engenheiro» de sistemas.  «Poro se ser líder tem que se saber
                                           preservar e respeitar os ideias novos e encorajar o mudança». salien-
                                           tou também, numa conferência designado «Potpourri do liderança».
                                            Numa intervenção muito voltado poro os médicos e poro os lide-
                                           ranças  clínicos, que, como recordou,  nos dias de hoje sofrem fre-
                                           quentes pressões  de  pessoal  não médico,  como  economistas  e
                                           gestores, K. J. Lee advogou que um líder, de formo genérico, é «um
                                                 l
                                           pensador» o ongo prazo. «O desafio do líder é inovar e, constante-
                                           mente,  antecipar o mudança e também o que seró  o mercado do
                                K. J ·  LEE:  futuro», defendeu.
                     «Ü boM  MÉd ico  REso lvE   Algo lacónico mos com uma intervenção  pleno de significado, o
                        o  pno blEMA  dA p ERNA  coordenador internacional do MC citou  os chineses como  «mestres
                       p Arn idA,  MAS   0   GnANd E  no liderança»,- de quem de resto terá recolhido alguns ensinamentos,
                         MÉd ico NÃO  só c u nA  sobretudo de «flexibilidade•-e ainda Uncoln, poro quem •o organi-
                                           zação é o personalidade do líder». «Aprendeu que o problema que
                         A PERNA  MAS  TAMbÉM  Hnho com o povo era querer ir poro onde ele não queria», disse rele-
                          cuid A do  pACÍENTE,   rindo-se ainda ao antigo presidente norte-americano.
                      o u  sEjA, dÁ siMuhANEA~   E poro ilustrar melhor o espírito de liderança, comparou o concei·
                             MENTE ATENÇÃO  to de menagem com o de líder: os primeiros «fazem os coisas bem,
                                           os segundos fazem os coisas certos».  Mais: «Os monogers  estão
                            AO  SER  li UMA NO»  interessados no eficiência os líderes inovam», os primeiros enfatizam
                    tácticos  e estratégias. os  segundos  enfatizem filosofias»,  os  monogers  «aceitam o stotus  que»,  os  líderes
                    «mudam  o stotus  quo».  comparou ainda  K.  J.  Lee,  fazendo  o destrinço entre  «bom» médico  e «grande»
                    médico: «O bom médico resolve o problema do perna partido, mos o grande médico não só curo o perna mos
                    também cuido do paciente, ou seja, dó simultaneamente atenção ao ser humano».
                                         REdisposiçÃo'L--------,
                      A intervenção do especialista americano •foi muito importante poro o óreo do ORL visto que nos dias que
                     c orrem os médicos estão muito pressionados por pessoool não médico», comentou ao «Diário do Congresso»
                     o secretório-geral do SPORL, Delfim Duarte, acrescentando que «gerir um serviço não é estar numa linho de
                     montagem de urna fábrica».  «Os  números  são  importantes poro gerir um serviço  ou  um departamento;
                     contudo, trotar doentes é muito mais do que isso e há variantes que não é possível contabilizar em meros
                     procedimentos odministrotivos». salientou.
                      Delfim Duarte considero ainda que hó um outro conjunto de porômetros que têm que estar presentes no
                     cabeço de um líder de um serviço médico, no coso de ORL, além dos números, e do noção de rentabilidade do
                     serviço: «Poro ser líder de um serviço médico tem que haver predisposição individual, pessoal com capacidade
                     e um grupo de pessoas com objectivos o demonstrar».





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