Page 21 - Revista Portuguesa - SPORL - Vol 43. Nº4
P. 21

ANA ClARO, ANA AZEVEDO, GUSTAVO LOPfS, PAUlA AZEVEDO, NUNO TRIGUEIROS-CUNHA,
           DELFIM DUARTE  ANTÓNIO MAIA GOMES





                      TABELA  3  - Estádio Clínico T e  N  por  Loca l de O rigem do Cancro


                                                    LARINGE                             HIPOFARINGE
                                                    ( n =89)                               (n : 41 )'

                                            Glote                Suproglote                  n  (% )
                                           (n=60)                   (n =2 8)
                                            n  (%)                  n  (%)

            Estádio T
            O,  in  situ                    2 (3,3)                 o (0,0)                 o (0,0)
            1                             2 1 (35,0)                2 (7, I I               2  (4, 9)
            2                              15 (25,0)               9 (32,1)                 8 (19,5)
            3                              17 (28,3)               13 {46,4)               15 (36,6)
            4                               5  (8,3}               4  (14,3)               16 {39,0)


            Estádio  N
            o                             56 (93,3}                14 {50,0}               I O {25,0}
            1                               1 11  ,7)              5 tf7,9)                1 o 125,0)
            2                               2 (3,3)                9 (32,1)                15 (37,5)
            3                               1 (l ,7)                o (0,0)                5 ( 12,5)
            Desconhecido                    o (0,0)                 o (0,0)                 1 (2,4)t
           • DolukOII!ts 1t1om MI
           !Pfllcll<~tagom do ~o tuol do co~; ~o. Ol OUit(l\ Wo f*tt••IUQ&n• OOt c;o~ c~~.




          da  hipofaringe,  quer  na  estádio  clfnico           Foi realizado TC do local primário em mais
           (87,8%} quer no combinado (90,2%).                 de dois  terços dos doente>  (92/ 130)  e  rodio·
                                                              grafia  torácica em  mais de 90% dos doonte.s
             Caraderisticas do Diagnóstico                    (121/1301.
             e  do Trotamento                                    Cerco  de  um  quinto dos doentes com  corr
             Onze doente s (8,5%)  já eram portadores de      cro do laringe (13 glóticos, 3 suproglótic<>> e  1
          um  diagnóstico  histológico quando  foram  refe-   subglótico)  necessitaram  de  lroqueotomia
          renciados à  nos.so  instituição; o  moiOtio  dos ou-  urgente  inicial,  e  o  mesmo aconteceu  em  um
          tros doentes (80%) recebeu o diagnóstico defini·    quinto  dos  doente>  com  CE  do  hipoforinge
          livo no prazo de um mês e meio opôs o primeiro      [Tabela  5).  Apenas 5  doentes  submetidos  o
          consulto. A labelo 5 descreve algumas das obor·     este procedimento viram o  suo doença contro-
          dagens  diagnósticos  e  terapêuticos  o  estes     lado  opôs  o  trotamento  definitivo 1odos  no
                                                                                                1
          doentes. A loringoscopio indire<:ta e a  laringes·   coorte dos cancros laríngeos. Dois doentes sub-
          copio em suspensão (directa) foram rea lizadas      metidos o  radioterapia vieram o  necessitar de
          e registadas por rotina. No entonto, o  existên-    troqveotomio  devido o  edema  tardio;  ambos
          cia de elevado risco cirúrgico impediu o último     terminaram com doe11ÇO  local incontrolado.
          daqueles proce<limenlos em cerco de metade             Do  grupo  inicial  de  130  doentes,  1 14
          dos doentes com cancro do hipoforinge.              (87,7%)  foram  tratados  no  nossa  hospital  ou


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