Page 14 - Revista Portuguesa - SPORL - Vol 43. Nº4
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HEMORRAGlAS APÓS AMIGDALECTOMIA E AOEN01DEC10MIA. EXPERIENCIA DOS ÚLTW.OS 6 ANOS
tecnologias,~ nomeadamente o omigdolectomio teloçõo com a técnica cirúrgica utilizado, opr~
por rodiofrequência (coblotion•/celon•J, que sentando um carácter menos previsível 37 •
permitiram uma redução significativa do dor Estas últimos corresponderam o 95% dos
no pôs-operatório através duma cicotrizoçào casos enconlfodos neste estudo.
mais precoce dos locas omigdolinos pelo me- Not&-se que no Hospital de São João, pro-
nor temperatura atingida durante o d issecçOo. cedeu·se ao trotamento de hemorragias pós-.
No enio nto, este facto nõo se reflectiu na operatórios de doentes provenientes de outros
redução do incidência de hemorragias pós+ unidades hospitalares numa proporção muito
opecotórias 1 1 . superior ao número de doentes com hemorro·
Outro tecnologia recentemente adoptado à gia operado~ ne~to mesmo instituição.
omigdolectomio, permite efectuar a dissecção Tol facto justificor-se-ó por se trator de um
dos tecidos. omigdalinos através de ultrassons hospita l central de referência, que recebe
!Uitrocisionê) com coagulação simultâneo e su- doentes transferidos de grande porte do norte
postomente com redução do dor e da hemor- do poís, principalmente em idade pedi6trico.
ragia introoperot6rio. Dodo o gravidade potencio! desto compli-
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Contudo .. alguns estudos'- , parecem apontar cação (risco de mortolidade 1: 16000) e o toxa
poro uma ausência de benefícios no oplicoçõo elevado de casos encontrados no presente
desta novo técnico dado nõo haver evidência estudo que exigiram suporte tron.sfusional
de redução do hemorragia no pós-operatório (1 O%) e controlo hemorrógico sob anestesia
tardio e alargar o período de cicatrização do~ gera l ( 19%), parece-nos e$$E!nciol o &xistência
loco~ omigdolinas. de centros médiccxirúrgicos especializados
Por outro lado, no que respeito à~ hemorro- disponíveis 24 hora~/ dio 15 •
gias pós-odenoidectomio, o soo frequãncio é Por outro lado o cirurgião de amígdalas e
menor, o que nõo significo que por veze~ não odenóides deve estor disponível para trotar as
adquire proporç-Ões grave~ que motivam reinler· complicações dos doentes que opero, que po-
venção e recurso o tomponamento nosol poste. dem surgir o qualquer horo do dio.
rior poro os.seguror umo hemostos$ apropriado. Esto atitude preven~vo justifico-se pela ele-
Em sumo, o aparecimento de novos técnicos vado número de hemorragias encontrado na
cirúrgica~. com o aplicação de electrocoutert. presente série, com trotamento durante o perío-
zoçõo, mono ou bipolar, cobfotion, vlttocision do nocturno (62%) e durante o fim.cf&semono
ou lasers C02 e KTP, veio contribuir poro o (39%).
redução do número de hemorragia~ precoces Acresce a inda que, segundo os dados pre-
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pós-omigdalectomio • sentes, o necessidade. de tratamento do hemor-
Todovio, os hemoiTagios lordias que decorrem ragia sob anestesio geral ascende oos 50%
24 horas após o cirurgia, parecem ter meno~ cor· nos criança~ com idade inferior o 6 o nos.
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