Page 56 - Revista Portuguesa - SPORL - Vol 39. Nº2
P. 56

GUSÍAVO LOPES, PAULA AZEVEDO, ANÍONIO SARMfNYO, HUPA VASCONCE iOS,
          M. RODRIGUES E RODRIGUES, A. MAIA GOMES




         máximo de 125 mg/dosc, dc lZ-IZ horas;              mm importância igual ou superior à do uso de
            - idadc > Zanos: IS mg/Kg/dosc ªté um            antibióticos. De destacar o controle de doenças
         máximo de 250 mg/dosc. dc l2-l2 horas:              assxwiadas. os cuidados com a pclc do doente c

                                                             com o ambiente cm que dccorrc a cirurgia. a
         6. Conclusões                                       execução duma técnica cirúrgica cuidadusa. a
                                                             minimimçãu do tempo dc internamento pré-
            Desde a década dc 50 quc us cstudos clinicos
                                                             -opcratorio. a cvicçãu do uso de antibióticos
         indicavam não havcr benefício de uma profila-
                                                             nos dias quc precedem a cirurgia. clc.
         xia anlibióticu que se cstcndcssc para além da
                                                                (Iom cslc pmmcolo pretendemos sistema-
         cirurgia. scndo mesmu atribuida a emergência
                                                             tizar a cirurgia ()Rl. em três grandes arca.».
         de estirpes resistentes. em parte. ao uso dc tais
                                                             (omlogia. rinulngia c cabeça 0 pcscm'n) c. em
         antibióticos. Dcsdc então quc se vem recomen-
                                                             cada uma dclas, claborar uma lista dns princi-
         dando o uso de antihioprofilaxia nas cirurgias
                                                             pais actos operatorios com respectivo esquema
         limpa/conlaminadas c contaminadas. mas a
                                                             profiláctiu) (sc indicado) c alternativa em caso
         maioria dos autores não a rccomcnda nas cirur-
                                                             dc alergia.
         gias limpas.
            Num momento em quc (' debatido o tópico
         do uso ahusivo c não criterioso dc antibióticos,
                                                                l’or outro lado. prctcmk'mns evitar qm; ().s
         da emergência de estirpes bacterianas
                                                             dm-mcs sejam dcsncccssuriamcmc submetidos
         resistentes. dos gaslos hospitalares c do Sistema
                                                             a uma antihiotcrapia sem razão valida quc a
          Nacional dc Saúde. pcnsamos scr imporlamc
                                                             fundamento.
          uma reflexão sobre a profilaxia da Infccçáu do
                                                                l'cnsanms scr importanlc uma wnsihiliug-{no
          Local Cirúrgico. lstu porquc cm mais dc metade
                                                             dos cirurgiões para estas noções. para nim
         dos doentes imcmndus cm huspitais mcdicachs
                                                             permitir que a udminislraçãn dc antihimicus
         com antibióticos, a ra'lilo da prescrição (' a pro
                                                             se limite a criar uma segurança ilusória quamo
          filaxin cirúrgica. (Iomudo. na maioria dos cams,
                                                             a uma pretensa pmlccçãn anli-infcccinsa. 'l'ndns
         esta prcscriçãu nzio ohcdcu- a qualquer norma:
                                                             os serviços cirúrgicos em geral. c n.» dc ()Rl.
         corrcspondc a um acto cmpirico. por dcciszio
                                                             cm particular. dcvcriam estabelecer a sua poh-
          individual do cirurgião.
                                                             lica dc anlibioprol‘lluxia dm‘umcnlada. cslru-
            Mas a administraqzio dc antibióticos cm
                                                             luradzl c regularmente avaliada. Isto permitiu
          profilaxia cirúrgica (cm critérios bem dcfinidos.
                                                             evitar gastos desnecessários para o hospital c
         dc acordo com o tipo c local da cirurgia. scu
                                                             pura o doente. c o aparu‘imcmo dc cstirpcs
          risco infeccioso. agentes p(ncncialmcnlc infcc-
                                                             resistentes causadoras. por vezes, de inl'ccçm-s
         tantes. modo dc adminisxrnçãu do farmaco.
                                                             cm locais quc nim o cirúrgico. dificeis de mm-
         dosc c duração da administração. etc.
                                                             halcr. com os riscos que dai advém para o
            Além dissu. existem outras mcdidas desli-
                                                             docmc c para a contaminação nnmwnmial.
          nadas a prevenir o desenvolvimcnu) dc ll.(I.



               I66
   51   52   53   54   55   56   57   58   59   60   61