Page 49 - Revista SPORL - Vol 45. Nº2
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MUCOCELOS DOS SEIOS PERINASAIS: EXPERIÉNCIA DE DEZ ANOS.
Em 3040% dos cosos este recesso dreno mento do região mediano do seio frontal e
paro o infundíbulo etmoidal, posIeriormenle (: porção superior do septo nasal, produzindo
opófise unciÍorme; em SOÓOº/o, abre mediano- umo amplo comunicação nosofrontal mediano.
meme ou anteriormente (: opófise unciforme, A técnica de Dro“ tipo III/Lothrop modifica
entre esta e o corneto médicª. do é exclusivamente endoscópica, mos 0 ob-
É nesto situocéo que o idemiÍicoçõo do re- ieclivo e resultado final são idênticos.
cesso frontal pode ser difícil, sobretudo quando Não obstante, este é um procedimento tecni-
existem célulos fronto—e'moidois que invadem o camente difícil, com potenciais complicações
recesso frontal, hipertrofia do célula agger nasi orbitérios e introcroneonos, o que implico um
ou do opofise unciforme, condicionondo estrei- profundo conhecimento do onotomio desta
tomento desk: região. região.
Nos situações em que o seio frontal não é Neste estudo, o morbilidode ossociodo (: ci-
acessível por vio endoscópica, Iornom-se ne rurgio endoscópica foi mínimo, verificondose
cessórios outros procedimentos. sequelas em openos quatro cosos, com sinéqui-
No possodo, estes cosos erom obordodos os intronosois mos sem compromisso funcional.
por vio externo isolado, designadamente fron- N60 ocorrerom quoisquer complicações
toetmoidectomio externo (pelo técnico de perioperotórios, nomeadamente fístula de
lynch-Howorth) ou retalho osteoplostico com líquor Ou complicações orbitórios.
obliteração de gorduro. A taxa de recidivo para os mucocelos troto-
No entanto, estos técnicos têm elevodo mor- dos por vio ex9erno isolado varia, de acordo
bilidode cirúrgico pelo que Iendem a ser coda com as séries publicados entre 10 e 25%”,
vez menos utilizados. Írequentemen'e com um intervalo livre de
No coso particular do retalho osteopléstico, vários onos.
o preenchimento do covidode com gordura Neste esvudo n60 houve recidivo dos muco-
dificulta o comrolo imogiológico pós-cirúrgico celos operados por via externo, mos o toman-
de eventual recidivo, o que constitui umo des- ho reduzido do amostra (2 cosos) não permite
vantagem. conclusões.
Poro olém disso, esto técnico esté contro-indi- A toxo de recidivo poro o técnico endoscó
coda nos situações em que existe erosão do base pico foi reduzido (I coso, 3,8%), com um tempo
do crõneo ou do ledo do orbito, com mucoce- de seguimento médio de 29,9 meses.
|o adereme à duro ou periósteo orbitério. A este respeito, o moiorio dos estudos pub
Nestes cosos torno-se difícil o remoção com- Iicodos' " 'ª 'ª opontom toxos de recidivo proxi-
pleto do mucosa (pelo risco de complicações) mos de 0% (Tabela II) e consideram o cirurgio
pelo que o obliterocéo desta cavidade predis- endoscópica o técnico mois odequodo poro o
põe o elevodo risco de recidivo. 'eropêutico dos mucocelos.
Como alternativa (: vio externo no teropéu-
tico dos mucocelos frontais de obordogem difi-
cil, tem sido seguido umo dos técnicos de Drof. concwsões
A técnico de Drof tipo III boseio-se no pro
cedimemo inicialmente descrito por lothrop em Os mucocelos dos seios perinosois são umo
1914 e que consistio no criação de umo via de patologia roro, por vezes com complicações
drenagem comum o ombos os seios frontais, groves, pelo que se impõe um tratamento cirúr-
para o covidode nasal. gico precoce.
Atrovés de umo obordogem externo, proce A marsupiolizoçõo do mucocelo por técnico
dio-se o remoção do septo intersinusol, povi- endoscópica permite umo obordogem conser-
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