Page 103 - Revista Portuguesa - SPORL - Vol 43. Nº4
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PAll!iaA MaO  AIEJCANOAA tOPES. ANIBAl EUSEU. J0st COSTA GUNTA





              I  Compre.ssõo do mediostino superior           bilizaçãa do vi o oêreo, tendo em conto a  rapi-
              2  Deslocamento anterior do troquelo no         dez com que so podo  instalar a  obstrução do
                rodiogroflo de perm do pescoço                mesmo.
                !dimensões normais do espaço retroforin-         É  importante salientar que o  entuboção pra.
                geo no adubo:                                 Rlótica do doente sem sintoma> de dificuldoda
                3,5 mm em C2 e  ld mm  em C6)"                respiratório tem  os seus riscos,  nomeadamente
             3  Equimose subcutâneo do pescoço com            a  ruptura do hemotonno'.
                exlensõo à  parede onlerior do 16tox             Algun• oulores wgerem o realização de uma
                                                              lroquealomio no>  C0$0$ em que exi•to ob•truçõo
              A wspeito clínico de um  hematoma ••pon-        do  via  aéreo  pelo  hematoma~ argumentc:Jndo
           tóneo dos espoços profundos do pescoço pode        que o  entuboçõa endolraqueal pode cau>or a
           ser difícil no ausência de uma  história de tfau·   ruptura  do  mesmo  e  consequente  ospiroçõo
           motismo,  coag ulopotio  ou  outro  ontocodente    pulmonar'.
           suspeito, tendo  em conto o roridode desta pa-        A  maioria  dos hematomas  não requer dre-
           tologia e o  frequente inespeci6cidode dos sin-    nagem  cirúrgíco, ocorrendo reabsorção e5pOn·
           tamos.                                             tânea geralmente op6s 2 o  3  ~monos".
              Inicialmente  pode monife$tOr·se oponos por        Por  vezes  pode  $91'  necessário  drenagem.
           sensoçõo de eo<pa estranho foringeo ou odino-      10bretuda quando o  hematoma progride  poro
           fo9io.                                             outro! espaços do pescoço  ou aclui o via aéreo
              Os  .,nlomo•  podem  evoluir  rapidamente       •uperior'.
           poro dt!fogio, di,fonio, di•pneio e ••~idor  com      Este  procedimento tem tisco de hemorragia
           dificuldade re>pirot6rio oho.                      e contominoçõo boctoriona pelo que só é  pre--
              A  loringoscopia  é  diagnóstico  no  maioria   conizado em  situações  muito  particulares~
           dos casos, ao demonstrar um  oboulom enlo do          Quando nocou6ria, o abordagem preferen-
           hipoforlnge.                                       cial é o drenagem externo por cervicotom ia, i6
              O  estudo imogiológico do lesõo por TC ou       que o via honsoral  tom maior risco de contam  i·
           Re  ..  onóncio Magnética (RM)  permite corocteri-  noção boeteriono'  •.
           z.or  o  lesõo  e  o  suo  exteMÕo,  ojudondo  no     No coso  clrnico  descrito  nõo  foi  paS$Ivel
           deci.OO teropêvlic;o.                              idenfi~cor nenhum factor de risco poro o  opo-
              A  principal  queslõo  na leropêuhco  de!le!    recimenlo do hemoroma.
           hematomas  é  o  manutenção  do  permeabili-          Apenas o  contexto pra~S!ianol do  doente,
           dade do via aérea.                                 susceptível de ter reolizodo e.sforço intenso não
              De  acordo com o  revi>ÕO de Poleri ot ai.",    valorizado  pelo mesmo,  poderá apontar  uma
           cerco de 80% do• doente• desenvolveram com·        possível couso.
           premissa da vio aérea, embora mais  de meto·          Por outro I oda, o TC do pe.coço revelou um
           de (57%) tenho respondido bem 6  teropõulico       hematoma com diferentes densidades, sugerln·
           conservadora.                                      do um episódio sub.:>gudo.
              E1t0  consiste  habitualment e  em  internomen·    Estão  descritos  v6r1os casos  de hematomas
           to paro vigl&õncio  e terapêutico e.v. com cor1i·   cervicais  espontâneos  ponivelmente  des.en.-
           cosleró4des e onfibialeropia pralil6tico'.         codeodos pelo  manobro  de Volsalvo  (vómito,
              A necessidade de permeobilizoçõo do via         loS!e. e.forço Rsico). em que o mecani1m0 pro-
           aéreo deve  ser decidida  individualmente,  de     posto seria o oumenlo da pressão introtoródco
           ocordo com os  sinais e sintomo.5 do doente.       conduzindo o um aumento do pres.sõo  jugular
              Nõo  existe  cons.enso  relativamente  ao       que, por suo vez, so  transmitiria às veios  tribu-
                                                                                                      2
           momento em  que se deve intervir poro permeo--     t6rios com ruptura dos colaterais venosos .

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