Page 76 - Revista Portuguesa - SPORL - Vol 39. Nº2
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Gusmvo LOPES, PAULA AZEVEDO, ANIÓNIO SARMENIO,
       M. noomGuess RODRIGUES, A. MAIA GOMES




       medidas que dcvcrãu scr adoptadas no sentido       para a diabetes mellitus. Além do tratamento
      dc evitar a infecçãu da ferida operatória. lista    de patologias asmwiadas. existem três outras

       profilaxia [cm que obedecer a critérios            medidas básicas dc profilaxia. nomcadamcmc
       rigorosos para evitar que o uso indevido dc        os cuidados com o ambiente cm que dccorrc a
      antibióticos possa ser uma fontc de resistência     cirurgia. a preparação adequada da pele e umu
      bacteriana ao seleccionar as estirpes. No           técnica cirúrgica asséptica c cuidadosa.
      entanto. ela é apenas“ uma dc entre um conjunto        Também com bcncficio teórico ou compro-
      dc medidas preventivas. Mais. cla não deve ser      vado existem outras medidas [8|
      administrada com o intuito de “mascarar” uma           - Evitar o uso desnecessário de antibióticos
      inadequada preparação do docnlc. ou uma             nos dias que precedem a cirurgia.

      técnica cirúrgica incorrectamente executada.           - liliminar a colºnização nasal pclo
         Avanços nas práticas de controlc dc infcc-       Staphylococcus aureus (incluindo no pcsmal
      ções incluem a mclhoria da ventilação das salas     interveniente).
      de operªção. métodos de cslcrilimção. barrei-          - 'l'ralnr a infecção cm locuis rcmotos.
      ras. técnica cirúrgica c disponibilidadc dc            - livitur a tricotomizl ou atraszi-ln au‘ {1 altura
      profilaxia antibiotica.                             da cirurgia.
         Um falso sentimento de segurança podc ser           - Submeter o doente a um chuveiro ou banho

      criado pelo uso de antibióticos. A execução         pró-opcratório.    com    sabão    contcndo
      duma técnica cirúrgica mcticulosa c a prestação     clorohcxidina.
      de cuidados pré e pósupcrau'nius rigorosos são        - Reduzir ao minimo o tempo de imcrnzr
      essenciais nu minimização das infecções do          mcnto pré-opcralOrio.
      local cirúrgico.                                      A profilaxia antibiotica constitui apenas um
                                                          de entre inúmeros csfnrçus prcvcnlivus da
      2. Moddos Gard: do Profilaxia em Cirurgia           infecção. não scndo isoladamente o mais
                                                          importante. cmhora a sua cficz'u'ia c impacto
         A consults: pré-opcratoria rcvcslc—sc duma
                                                         estejam claramente dcnumslrados como scndo
      importância clcvada na decisão da adminis—
                                                         significativos.
      tração de antibióticos profiláclicus. Nela, ::
      avaliação do tipo de intervenção cirúrgica inlc-
                                                            2.1. Dollnlçõos (3, 4)
      grads: com os dadus clínicos do doente permi-
      tcm classificar o risco c a necessidade dcssa         A identificação de Infecção do Local
      medida. Além disso. permitem corrigir situa-       ( Iin‘lmico (ll.( 2) requer a interpretação de dndm
      ções paralelas“ quc poxsam scr causa de aumcnlo    clinicos c laboratoriais, para o que (' ncccssuriu
      desse risco. c evitar nulrus que possam vir a ter  que se usem chníçõcs slundnrdimdas. Para ml.
      o mesmo efeito.                                    o sistema de Vigilância Nacional de Infccu'ws
         () docmc deverá idcnlmcnlc cmrar nu sala        anucnmizlis dos (Il)(Í ((Icmrr for Disease
      de upcraçõcs num cslado dc oplimimqio dc           (Iomrol) dcscm'olvcu critCrios de vigilância

      patologias subjacentes. com especial ênfase        universais. Segundo este.». as ll.(I podem scr

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