Page 72 - Revista SPORL - Vol 45. Nº2
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MARTA NEVES, GUSTAVO LOPES, PAULA AZEVEDO, JOAQUIM VIEIRA, DIOGO PORTUGAL,
       MÁRIO RESENDE, A MAIA GOMES





          Ao exame obiectivo o covidode de esvozio-      nionos X, XI e XII) e do seio cavernoso (pores
       memo manteve boo epidermizoçõo.
                                                         cronionos III, IV, V2 e VI)‘.
         Ocorreram dois episódios de otorreio que           Esses défices de pores cronionos para além
       foi controlodo com ontibioteropio tópico ode-
                                                         do VII e VIII, estão descritos como muito roros
       quodo.
                                                         se 0 colesteotomo invodir secundariamente o
          Neste Ultimo hospital foi igualmente feito o   ópice'.
       controlo imogiológico do caso otrovés de TC,         No forma odquirido também está geralmen-
       RMN e ongioRM.                                    te presente historic de otorreio crónico ou de
         A lesão permaneceu estóvel, sem aumen-          traumatismo“.
       to de tamanho e sem compromisso de qual-             O estudo imogiológico, o'rovés de TC com-
       quer estrutura nervoso intracraniana ou vos-      binodo com RMN" *, é fundamental para o
       culor, como o carótida interna ou o jugular       ovolicçõo do extensão do processo e para o
       (Fig. 4).                                         diagnóstico diferencial com outras lesões com
                                                         o mesmo localização, principalmente o granu-
                                                         Iomo de colesterol, considerodo o lesõo mois
       DISCUSSÃO                                         frequente do ápice“.
                                                            A angiografia pode ser útil no estudo de
         A porção petroso do osso temporal pode          lesões de moiores dimensões, como a do pre-
       toleror lesões exponsíveis oté estas se tornorem  sente coso, quondo se suspeito de envolvimen-
       muito avançados .                                 to ou compromisso do carótida .
         Sendo ossim, as manifestações clínicas de          A obordogem terapêutico deve decidir-se
       um colesteotomo surgem muitas vezes quondo        individualmente, sendo determinodo pelo ovo-
      este atinge dimensões consideroveis.               |ioçõo clinico, audiologico e imogiologico (lov
         Os sintomas precoces que se verificam com       colizoçõo, extensão e estruturas envolvidos).
       mois Frequência são o hipoocusia e o porésio         O tratamento cirúrgico constitui um desafio
       Facial e com menor frequência o ocufeno e o       particularmente difícil e que requer um ploneo-
      vertigem .                                         mento escrupuloso ,
         Em lesões de moiores dimensões pode sur—           A morbilidode pós'operotório (principalmen-
      gir porestesio e hipostesio no distribuição do     te relocionodo com o nervo facial) e o possibi-
       3‘ divisão do V por croniono e mois tardio-       lidade de recorrência são pontos pertinentes .
      meme sinois e sintomas relacionados com com-          A opção por uma omude expectante, de ob-
      pressão do carótida interno, das estruturas que    servação, pode ser apropriado em doemes ido-
      possam através do buroco jugular (pores cro-       sos, nos quais se prevê que o crescimento do


















                                          FIGURA 4: RMN póroporo'ório.


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