Page 36 - Revista SPORL - Vol 45. Nº1
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BERTA MADUREIRA RODRIGUES, MANUELA FERREIRA, NUNO LIMA, MANUEL SOUSA, AGOSTINHO SILVA
Ao longo dos tempos, vórios classificações çõo do audição é melhor se o doente for obser-
têm sido apresentados. vodo e receber tratamento precocementeª.
Sheehy (1960) classifica os doentes consoan- Slottery et o| (2005) referiram no seu estudo
te o grovidode do hipoocusio e o oudiogromo que se o hipoocusio for ligeiro’moderodo e se
tonal em 4 grupos: perdo nos Frequências boixos, o tratamento for instituído em 14 dios após iní-
plono, perdo nos frequências altos e perdo totol. cio dos sintomas, o prognóstico é melhor; sendo
Rubin (I968) ogrupo os doentes consoante pior, independentemente do quantidade de
o grovidode do hipoocusio, o oudiogromo to corticóide instituído, no presença de 2 sintomas
nol e o vocol em 3 tipos: otológicos odicionois (vertigem e ocuÍenos)“ 'ª.
I perdo nos frequências boixos e diminui- Chong et ol (2005) concluirom que o prog—
ção do limior de recepção do falo e do nóstico será melhor em idodes (ovens, quondo o
discriminação; moior perdo é nos Frequências médios (segundo
ll perdo moior e mois uniforme nos limiares o suo classificação do hipoocusio em 7 padrões),
de audiometria tonal e vocol; se menor o intervalo de tempo entre o início dos
Ill perdo total no audiometria tonol e sem sintomas e o tratamento; o presença de vertigem
discriminação medível. é factor de mou prognóstico; o sexo, o presença
de ocufenos e o velocidode de sedimentação ou-
Chong et ol (2005) divide os doentes con- mentodo porece nõo inHuencior o resultodo‘.
soante o grovidode do hipoocusio e o audio A hipoocusio neurossensoriol súbito é mois
gromo tonal em 7 padrões: moior perdo nos fre um sintoma do que umo doença, que repre
quêncios boixos, perdo nos frequências médios, sento o resultado final de inúmeros agressões
perdo nos Frequências altos, perdo nos frequên- oo ouvido interno.
cios boixovmédios, perdo nos frequências mê No moiorio dos cosos, o etiopatogenia não
dio-oltos, plano e perdo totol'. é identificado.
A recuperação espontânea de doentes com Em openos 10 o 15% é reconhecido o cou-
hipoocusio neurossensorial súbito nõo submeti- so, sendo sugeridos diversos hipóteses: infec-
dos o quolquer tratamento é frequente“. cioso, imunológico, voswlor traumático neo
Estudos referem que cerca de 1/3 desses d0 plósico, tóxico, medicamentoso, neurologico,
entes recupero totalmente os limiares de audição metabólico, de entre muitos ºutros ' " "
e cerca de outro 1/3 rewpero limiares de ou-
diçõo funcional, mantendo um défice residual.
Diversos autores têm apontado factores que AVALIAÇÃO CLÍNICA
condicionom o reCUperoçõo do audição: 0 con-
Íiguroçõo do oudiogramo iniciol, o grovidode O estudo do hipoocusio neurossensoriol
do perdo, o idode do doente, o presença de súbito deve começar pelo colheita detalhado
sintomas vestibulares, o intervalo de tempo entre do história pessool e (omilior.
o inicio dos sintomas e o tratamento ' " " “' '. As corocterísticos do perdo auditivo devem
Mottox e Simmons (1977) demonstraram que ser especificados, nomeadamente se isolodo
o reCUperoçõo é influenciado pelo configu- ou ossociodo o outros sintomas, como nóuseo,
roçõo do oudiogromo. vómitos, ocuÍenos e vertigens.
Byl (I984) demonstrºu que o prognóstico é É sentido frequentemente oo ocordor ou quon-
tanto pior quanto moior o grovidode do hipoo- do o ouvido afectado é solicitado, por exemplo,
cusio iniciol e do vertigem, em idodes inferiores poro atender umo chomodo telefónico 'ª.
o 15 e superiores o 60 anos e em coso de velo Por vezes, é precedido por um som tipo "apito",
cidode de sedimentação elevodo; o recupero- ou por um periodo de hipoocusio flutuante.
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