Page 53 - Revista Portuguesa - SPORL - Vol 44. Nº1
P. 53

JOÃO SUBTIL, CARLA BRANCO,  PAULO BORGES DINIS





             Parte  superior do septo  nasal  adjacente  foi
          também excisada.
                                              1
             Concluiu-se com o tamponamento/ stenting  11
          da  larga  abertura  de  ambos  os  seios  frontais
          para a  fossa  nasal,  com  dedo de  luva  cirúrgi-
          ca  preenchido  com  gaze  gorda  (Figura  7),  e
          sutura  final  por planos da  incisão de Lynch.
             O  destamponamento  efectuou-se  ao fim  de
          15 dias, mantendo a  paciente controlo imagio-
          lógico  pós-operatório  (Figura  8)  e controlo  en-
          doscópico  periódico  da cavidade  nasosinusal
          em  cicatrização  (Figura  9).
             A  incisão  externa  veio  a  tornar-se  quase
          impercetível, ocultada  por rugas cutâneas.          FIGURA 8: ASPECTO IMAGIOLÓGICO PÓS-OPERATÓRIO.
             Enquanto as queixas de cefaleias desapare-
          ceram  em  definitivo  alguns  dias  após  a  cirur-
          gia.




















                                                               FIGURA 9: CONTROLO ENDOSCÓPICO PÓS-OPERATÓRIO,
                                                               VISUALIZANDO-SE  EM  1 O  INTERIOR DO SEIO  FRONTAL
                                                             COM MUCOSA ÍNTEGRA,  EM 2  O  REBORDO DO NEO-OSTIUM
                                                                 SINUSAL CRIADO, E EM 3  O  BORDO LIVRE  SEPTAL





                                                             Discussão
                                                                O  osteoma  naso-sinusal  é  o  tumor benigno
                                                             mais comum  dos seios  peri-nasais.
                                                                Trata-se de um tumor mesenquimatoso osteo-
                                                             blástico de evolução local  lenta  e  de etiologia
                                                             desconhecida,  embora  se  identifiquem  antece-
                                                             dentes  de  traumatismo  craniano  em  cerca  de
                                                             20% dos casos.
                                                                Localiza-se  mais frequentemente  na  junção
              FIGURA 7: TAMPONAMENTO FINA NASOSINUSAL        etmoido-frontal,  sendo  habitualmente  silencio-
          COM GAZE GORDA DENTRO DE  DEDO DE  LUVA CIRÚRGICA,
            ACONDICIONADO ATRAVÉS  DA SINUSOTOMIA CRIADA.    so, de evolução lenta e de diagnóstico fortuito,


         -- 38
   48   49   50   51   52   53   54   55   56   57   58