Page 26 - Revista SPORL - Vol 44. Nº3
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A. MARGARIDA AMORIM, PEDRO TOMÉ, CARLA GAPO, SANDRA COSTA, MARGARIDA BASTOS, A, PAIVA
Os PEA foram reolizodos em openos 6 do- No nosso série, 16.2% (6/39) referiam mi-
entes para confirmar os limiares oudilivos e o ringotomio com tubos e 40.5% (15/ 39) ode
tipo de surdez. noomigdolectomio.
Num coso não foi possível medir os limiares Tombém aqui podem interferir vorióveis
porque os ondos l linhom mó definição e os como facilidade de ocesso o cuidodos de
complexos I-V oporeciom muito precocemente saúde, idode dos participantes, rigor dos
(doente 45,X 26 anos). dodos onomnésicos.
Nos restantes casos foram confirmodos os A prevalência de onomolios croniofociois
limiares ouditivos e regisIorom-se valores nor- como proeminéncio auricular (5.4%) foi inferior
mais de latência e interloténcio sem diferença às do literature (52.6%).
interourol. No entorno, onolisondo todos os onomolios
dos orelhos no global e relocionondo com o
cariótipo, vemos que 52.6% dos anomalias
mscussÃo ocorrem em doentes com o cariótipo 45,X, o
que está de ocordo com os dodos literários que
Em estudos onteriores, o incidéncio de otite indicom que os doentes com mosaicismos têm
médio ogudo recorrente (OMAR) em doentes menos malformações“.
com ST voriou conforme os séries entre 53% Os achados otomicroscopicos de patologia
(Hulcronrz ef arº., 1994), 68% (Anderson e! timpõnico no nosso série foram 28.4% (21/ 74),
al’,1969), 80% (Sculerah' erol"., 1990) e 83% o que é muito inferior oos dos estudos consul—
(Watkin'ª, 1989). todos (74.4%“, 62%‘ e 57.1%”).
No nosso estudo, 64.9% (24/39) dos doen- Estes resultados estão de ocordo com o
tes afirmaram Ier tido otites de repe'içõo. boixo incidéncio de surdez que obtivemos nos
Hó muitos factores que podem explicar esIos nossos pacientes com moior percentagem de
diferenças de incidência. OUVidOS com audição normol 56.5% (35/ 62).
Primeiro o definição de OMAR vorio de De notar que o idode médio do nosso po
autor poro outor e nem sempre vem definido. pulação é 26.1 onos (11-53), isto é, moiori-
Depois boseomo—nos no onomnese forneci- toriomenle )ovem, e que nos nossos dies 0
do pelos doentes que nem sempre é correcta— identificação dos patologias e sua Ieropéutico
—muitos doentes podem esquecer ou confundir antibiótico precoce e eficaz é coda vez mois
porologios. utilizodo.
Outros voriontes são o foixo etária e o nú- Tombém podemos especulor sobre o impacto
mero dos participantes nos vários estudos. protector que o terapêutico precoce com hor-
Dodos relotivos à população normal do mono de crescimento e/ou com terapêutico
nosso pois, poro comporor com estes grupos, esfrogénico de substituição poderão ter, uma
também não estão facilmente disponíveis. vez que o moiorio dos doentes realizºu/reolizo
No Finlândia 32% de crianças com 13 onos reropêutico deste tipo precocemente“.
têm história de OMAR. Aindo não se sobe o porqué do moior
No Suécio só 5% de crianças entre O6 onos incidéncio de patologia do ouvido médio nos
sofrem de OMAR”. doentes com ST.
Outros autores folom de 15% dos crianças Apesar de estudos de TC do osso temporal
com otites recorrentes“. não terem revelodo onomolios (Scu/erafi et al” .,
Em relação o cirurgio otorrinoloringologico, 1990), o disfunção do tubo ouditivo e do seu
a literature refere volores poro os doentes cºm orifício nosoÍoríngeo podem explicor o
ST que variam entre 5% e 84%". etiopotogenio subiocente" ".
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