Page 38 - Revista Portuguesa - SPORL - Vol 44. Nº2
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RINITE: CONHECIMENTO EPIDEMIOLÓGICO EM PORTUGAL





              3  vezes  superior ter recebido terapêutica  para     Em  termos  de gravidade  (numa  escala  de O a
              estas queixas no último ano.                       1 O pontos), foi  mais significativo o impacto da do-
                 A  análise da prevalência  de rinite  por sexo   ença  entre a  população estudada  nos  centros  de
              permitiu  verificar  que  esta  patologia  é  signi-  saúde em relação à população de estudantes, com
              ficativamente mais prevalente  nas  mulheres do    uma média  (±DP) de 6.1  (±2.5) versus 4.0 (±2.3),
              que nos  homens.                                   sendo que 34.5 e 7.3% respectivamente atribuíam-
                 A  maioria dos sujeitos com sintomas de rini-   -lhe uma gravidade extrema  (8 a  1 O)- (tabela 5).
              te  nunca  realizou  provas  para  rastreio  de       Adicionalmente  estudou-se  a  associação
              sensibilização  alergénica,  que  haviam  sido     entre a gravidade atribuída à doença e o sexo,
              solicitados  a  apenas  cerca  de  um  terço  dos   idade,  diagnóstico  formulado  por um  médico,
              inquiridos.                                        toma de medicamentos no  último ano e a reali-
                 Também  só  aproximadamente um  terço dos       zação prévia de testes  cutâneos.
              inquiridos  com  queixas  sugestivas  de  rinite,     Na  amostra  dos  centros  de  saúde,  o  sexo
              tomaram medicamentos para essa situação nos        feminino  atribuiu  uma  gravidade  significativa-
              últimos  1 2  meses,  realçando  a  problemática   mente superior,  o que não se verificou  entre os
              da falta  de controlo destas queixas.              estudantes  (quadro).



                                          Centros de Saúde(%)                       Estudantes(%)

               0-1                                   3,5                                  15, 1
               2-3                                   1 1 ,7                               27,3
               4-5                                   3 1 8                                32 2
               6-7                                   18,5                                 1 8, 1
               8-1 o                                 34,5                                 7,3

                            TABELA  5: "NUMA ESCALA DE O A  10 COMO CLASSIFICA A GRAVIDADE  DA  SUA DOENÇA?"



                    ESTUDO ARPA                    Centros de Saúde                    Estudantes
                                               Média            p  (sig)i:       Média            p  (sigy

               Sexo feminino                    6 .3 1                            4.07              não
               Sexo masculino                   5 .64           <  0.00 1         4.00          significativo

               Confirmação pelo Sim             6 .85                             5.47
               médico               Não         5.7 1           <  0.001          3.47            <  0.00 1

               Toma de              Sim         7 .07                             5.63
               medicamentos         Não         5.58            <  0.00 1         3.27            <  0 .00 1

               Testes cutâneos      Sim         6.83                              4.96
                                    Não         5.75            <  0 .001         3.46            < 0.001

               rTeste  t
                                                                              -
                  TABELA  6: GRAVIDADE ATRIBUÍDA À DOENÇA ~EGUNDO O  SEXO E A CO~FIR~ÇAO DO DIAGNOS!ICO PELO MEDICO,
                           A TOMA DE MEDICAMENTOS NO ULTIMO ANO E A  REAUZAÇAO PREVIA  DE  TESTES  CUTANEOS.


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