Page 47 - Revista Portuguesa - SPORL - Vol 43. Nº4
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A. MA~GARIDA AMORIM, S COSTA, J ROMÃO, P TOME, P GONÇAlVES. JC NEVES, S PAIVA, C GAPO,
          V SOARES  J RIBEIRO, LIMA GOUVEIA, SOFIA JC, A. PAIVA





             Os resultados globais e parciais do presente        Apesar dos bons resuhodos oblidos no nosso
          amostro são equiparáveis aos internacionais.        série com o material outólogo, na literatura vem
             Um gop oer·o-ósseo global inferior o  20 dS      descrito  a  possibilidade de ocorrerem  insuces·
          no  pós-operolório  em  34/54  doenles  (63%        sos ·  por  ~xoçõo óssículor 10   n, por reobsorçõo
          dos doenles) correspondenle o 29/42 (69 ,0%)        da cartilogem reli rondo esJobilidode ao sis!emo.
          poro os próteses parcia is e 5/12 (4 1 ,7%) paro       Além disso, nem sempre está disponíve I. po-
          os totais é similor ao descrito por outros autores   dendo estar  inclusivamente contaminado  pelo
           {Goldenberg  ond  Driver  3 1 ,6%,  House  ond     potofogio de bose.4· 10  " .
          Teufert  67,6%,  Srackmen  et ol 73% poro  '"          A  bigorna  homologo  introduzido  em
          PORP;  e House et Teufert 57,5 %,  Goldenberg       1966 por House et ai poro  colmata r o  inoxis·
          ond Driver 57.5% poro as TORP)'·'",.,"·".           têncio do material autólogo,  foi  também  utili·
             Em  relação  à  perda ósseo  pós-operalório,     lOdo  no  nosso amostro de doentes com  uma
          esta  não foi  em  nenhum  dos casos  aparente.     taxo de sucesso de 5/9 (55,5%).
          mente significativo.                                   No entanto, este  tipo de material tem o pro·
             No nosso amostro de doentes utilizaram-se        blema da contaminação (HIV, Creutzfeld Jakob)
          diferentes tipos  de motefiois poro reconsttuçõo.   e do reol ou  imogin6rio  transmissão de doen·
             O 0550 cortical autólogo e5culpido uti-          ças com os consequentes implicações médico·
                                                                      0 6
          lizado pelo  primeiro  vez em  1959 por Ha ll et    .tegais"'' ' •
          Rytzner,  foi  utili z.odo em 2  casos colocando-se    O  número reduzido de próteses de  hidro•
          entre o estribo e  o  tímpano com  uma  taxo de     xiapatite !correspondendo à aquisição prefe-
          sucesso (no caso um  gop oero.ósseo <  1 O dB)      rencial  de  próteses  de  titõnio  em  detrimento
          de 2/2 doentes ( 1 00%).                            das de hidroxiopatile nos  últimos anos, e:mpo-
             Foi utilizado em  2  cosas cartilagem ou·        brece  o  amostra  não permitindo uma compo-
          tóloga da tragos com 1o.xa de suce>Sa de 1 /2       roçõo estotisticomente significativo.
          (50%) ·  provavelmente explicado  por  um  dos         Troto-se de uma biocerõmico de cálcio com
          casos corresponder a  uma técnica aberta com        composição semelhante ao osso, fácil de usar,
          lempo  funcional  (EPM  com  pequena  ca ixa)       bem  tolerado  e  com  baixo  taxa  de  exfrusão
          com resultados menos soti$Fatórios.                 (Grote e Whers).
             No  entanto,  ambas as amostras são  muito          No nosso serviço os próteses que utilizemos
          reduzidas  poro  fazer  comparações  ou  retira r   eram  hibrídos,  desenvolvidas poro  incorporar
                      10
          conclusões"  •                                      os  melhores  propriedades e  design  funcional
             Outro tipo de material autólogo bostonle uli-    do materia l de implante, conslilu!dos  por uma
          lizodo na nosso série de doentes foi o bigorna.     cabeça de hidroxiapatile o  uma  haste de flex
             A interposição de bigorna é uma técnica c o·     HA (composto de 50% HA e 50% de silostic)"-'.
          poz de produzi r vm bom encerramento do gap           A nosso taxa de sucesso foi de 1/3 (33:,3%)
          oero-ôsseo pós.<~perotório !Hough Pornington ,      e 2/3 (66.7%1 paro os TORP  e PORP  respecti-
                                           1
          Glossock)".                                         vamente.
             Esta  deve ser cuidodosomente esculpido de          Houve  I coso de exfrusõo num doente que foi
          modo o diminuir o suo mosso e  poro caber no        e<dv!do pot perda neurossensorial da oudiçõo.
          hiato existente entre o martelo a o  estribo.          O utros a utores  descrevem  um  sucesso  de
             Os nossos  resultados  foram bastante  positi·   56,6% para TORPHA  e 38,5% poro  PORPHA
          vos com uma  taKa de sucesso de 13/15 casos         e extrusõo de 7.1% e 5%'.
          (86,7%) estando de ocordo com outros esludos          A desvantagem desle  lipo de  próleses  é o
          publicados !8uchwoch ond Birk  67%,  Sade et        desígn (apesar de ter sido melhorado com o hi-
          ol 81 %,  Kessler et a i 92%)  10 •                 bridizaçõol que di~culta o  sua colocação.

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