Page 36 - Revista Portuguesa - SPORL - Vol 38. Nº2
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HELDER SILVA, GOMES PEREIRA, ALMEIDA RIBÉIÍX)




       (- dificil dc determinar. Será importante corrigir     Provavelmente alguma lesão superficial
       qualquer dclcs. dc maneira a diminuir a proba-     ocorrc sempre após a maioria das cntuhaçõcs.

       bilidade de traumatismo.                           pclo menos a nivel microscópico. mas não (-
         É sabido quc a anatomia da laringe altcrada.     clinicamente significativa. e assim os dmntcs
       as dismorfias craniofaciais. a patologia laringca   qucixar-sc-io transitoriamente de algum
       (croup [l2]. paralisia das (ZV‘s) poderão          dcsconforto luringco ou disfonia.
       complicar a cntubação. () mau estado geral do         () exame laringoscopico (directo c/uu
       doente. o rcfluxo gastrocsoffigico, a infecção e    indirecto) (- obrigatóriº em lodos os doentes
       a disfunção do clearance mucociliar todos          Com queixas cronicas no periodo pos-cntu-
       condicionam maior risco traumático. Anestesi-      haçãu. com especial atenção para os locais

       camcntc. a emergência do acto, o número de         sabidamente     traumatizados     com   mais
       cntuhaçõcs. o uso de guia. o aumento do            frequência.
       número de dias cntubado c a pouca perícia             No docmc com cmuhação prolongada a
       médica aumcmam o risco de traumatismo. As          avaliação cndosu’mica, segundo BENJAMIN l-II.
       características do tubo são relevantes para o      deverá ser fcila sob anestesia geral c por
       traumatismo laringco. liste. idcalmcntc, deverá    laringoscopia directa. ohscrvando-sc sempre u
       (cr uma superfície nâo irritantc. scm compo-       região posterior da laringe. o que obriga :]
       ncntcs polcncialmcnlc tóxicos. dc haixa            rcnmçíu) temporária do tnhu. No adulto um-m
       porosidade c scr tcrmupláslicn a temperatura       ser feita ao "" dizL nus crianças após 1-2 semanas
       corporal dc forma a scr moldín'cl il anatomizl     c nos bebés quando a cxluhnçãu nim c [mssich
       laringca. não cxcrccndo pressão superior à            A avaliação tem características progmbsticas.
       pressão capilar. A pressão do cuff poderia ser     puis informa-nos sohrc a necessidade dc

       diminuida se este for dc baixa pressão c volu-     lraqucotomia ou da possibilidade de podcr
       mc aumcnlado c sc altcrnarmos a insuflaçâu         continuar com :: cmuhação. Nu prcscnça de
       cum Cliffs duplos.                                 lesões em profumlidadc c no caso de ncccs-
                                                          sidzldc dc apoio vcntilalorio existe indicação
       Avaliação clínica                                  formal para lraquclomia.

          () médico ()Rl. poderá ler dc avaliar o
                                                          Potogéneso
       traumatismo laringco cm duas fases distintas:
       no periºdo pos~cmubaqao (imediato ou tardio)          () tubo cmlotruqucal. seja ele oral ou nasal.
       on no periodo cnquunlo o docnlc está               ficará sempre colm'adu c a cxcrccr pressão na
       cnluhado. no caso dcsla scr prolongada.            região posterior da laringe. com três locais de
          A ;wuliaçãu ()Rl. naquele docnlc quc sc quci-   maior traumatismo: as superfícies mcdianas dns
       xa no período pós-cnlulmçãu passará sempre         carlilagcns aritnoidcs c dzls articulações
       pcla anamnese. com incidência especial nus         cricuarimoidcs junlo its almfiscs “mais. a regiào
       simumas lanngcos. dc dificuldade rcspirnloria      posterior da glow sohrcludo a rcgiãu
       c nas inlbrmnçõcs relativas à própria cnluhaçãn.   imcrurilnuidcin c a superfície anterior da lâmina

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